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Tipos de Fundos Imobiliários: o guia completo sobre FIIs

Tipos de Fundos Imobiliários

Os tipos de fundos imobiliários disponíveis no mercado são uma das formas mais práticas de investir no setor imobiliário sem precisar adquirir imóveis físicos. Nos últimos anos, os Fundos Imobiliários (FIIs) se tornaram populares entre investidores que buscam renda passiva, diversificação de carteira e valorização patrimonial.

Com uma ampla variedade de estratégias, os fundos imobiliários podem ser classificados em diferentes categorias, como fundos de tijolo, fundos de papel, fundos híbridos, fundos de fundos (FoFs) e fiagro. Cada um desses tipos possui características, vantagens e riscos específicos.

Neste artigo, você vai conhecer os diferentes tipos de fundos imobiliários, suas características, como funcionam, suas vantagens e desvantagens. Além disso, você terá uma visão completa sobre como escolher o FII ideal para o seu perfil de investidor.

O que são Fundos Imobiliários e como funcionam?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são um tipo de investimento coletivo no qual diversos investidores aplicam seus recursos para adquirir ativos do setor imobiliário. Esses ativos podem ser imóveis físicos, como shoppings, lajes corporativas e galpões logísticos, ou títulos financeiros, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Os FIIs são negociados na Bolsa de Valores (B3), e cada investidor pode comprar cotas desses fundos, tornando-se um cotista. Ao adquirir uma cota de um FII, o investidor passa a ter direito a uma parcela proporcional dos rendimentos gerados pelo fundo, além da possibilidade de valorização do seu investimento no mercado secundário. Os fundos imobiliários oferecem rentabilidade por meio de duas principais formas, entenda como os FIIs geram retorno para os investidores abaixo.

Distribuição de rendimentos

Uma das grandes vantagens dos FIIs é a distribuição periódica de rendimentos aos cotistas. Essa renda pode vir de diferentes fontes, dependendo do tipo de fundo:

A legislação brasileira exige que os fundos imobiliários distribuam pelo menos 95% do seu lucro líquido semestralmente aos cotistas, tornando-os atrativos para quem busca renda passiva.

Valorização das cotas no mercado secundário

Assim como as ações, as cotas dos FIIs são negociadas na Bolsa de Valores, e seu valor pode subir ou cair ao longo do tempo. A valorização das cotas pode ocorrer devido a fatores como:

Por outro lado, a desvalorização das cotas pode ocorrer em momentos de crise econômica, aumento da taxa de juros ou problemas específicos no setor imobiliário.

Agora que entendemos o conceito e o funcionamento dos FIIs, vamos explorar quais são os tipos de fundos imobiliários disponíveis no mercado e suas características.

Tipos de Fundos Imobiliários

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são divididos em categorias de acordo com os ativos que compõem sua carteira. Cada tipo de fundo tem características próprias que influenciam a rentabilidade, os riscos e o comportamento no mercado. Dessa forma, os tipos de fundos imobiliários podem ser classificados em quatro principais categorias:

Cada tipo de fundo imobiliário possui características próprias que influenciam o nível de risco, a previsibilidade dos rendimentos e a valorização do patrimônio ao longo do tempo. Enquanto alguns FIIs priorizam a renda passiva estável, outros buscam maior potencial de crescimento no longo prazo.

Para entender melhor as diferenças entre eles e facilitar a escolha do investimento mais adequado ao seu perfil, confira a tabela comparativa dos tipos de FIIs abaixo:

Tipo de fundo Ativos principais Vantagens Riscos
FIIs de tijolo Imóveis físicos (shoppings, galpões, lajes) Renda previsível, valorização do imóvel Vacância, dependência do mercado imobiliário
FIIs de papel CRIs, LCIs, LHs Rentabilidade atrelada ao CDI ou inflação Sensibilidade à Selic, risco de crédito
FIIs híbridos Imóveis físicos + recebíveis Diversificação, menor volatilidade Complexidade na análise
Fundos de Fundos (FoFs) Cotas de outros FIIs Gestão ativa, diversificação automática Taxas de administração mais altas
Fiagro Imóveis e recebíveis do agronegócio Potencial de valorização, setor promissor Risco climático e regulatório

Agora, vamos detalhar cada um desses tipos.

Fundos imobiliários de tijolo

Os fundos imobiliários de tijolo são aqueles que investem diretamente em imóveis físicos, gerando renda por meio dos aluguéis pagos pelos inquilinos. Além da distribuição de rendimentos, esses fundos podem se valorizar no longo prazo conforme os imóveis da carteira se tornam mais valorizados.

Os principais segmentos desse tipo de fundo são:

Alguns exemplos de fundos imobiliários de tijolo incluem:

Vantagens

Os fundos imobiliários de tijolo costumam oferecer rendimentos estáveis, pois os contratos de aluguel são de longo prazo. Além disso, há o potencial de valorização do imóvel, o que pode resultar em ganhos adicionais para o investidor.

Riscos

O principal risco desse tipo de fundo é a vacância dos imóveis. Caso os espaços fiquem desocupados, os rendimentos do fundo diminuem, afetando diretamente os proventos pagos aos cotistas. Além disso, a rentabilidade está atrelada à economia, já que setores como shoppings e lajes corporativas dependem do crescimento econômico para manter alta demanda por locação.

Fundos imobiliários de papel

Os fundos imobiliários de papel investem em ativos financeiros lastreados no setor imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras Hipotecárias (LHs).

O rendimento desses fundos está atrelado aos juros pagos pelos emissores dos títulos, sendo influenciado por indicadores como CDI, IPCA e IGP-M.

Alguns exemplos de fundos imobiliários de papel incluem:

Vantagens

Esses fundos costumam oferecer rendimentos atrativos e mais previsíveis do que os FIIs de tijolo. Como seus ativos são lastreados em contratos de crédito, eles têm menor exposição ao risco de vacância de imóveis e dependem menos da valorização do mercado imobiliário físico.

Riscos

Os principais riscos estão associados às taxas de juros e à inflação. Quando a Selic sobe, os títulos de renda fixa se tornam mais atrativos, o que pode reduzir o valor das cotas dos FIIs de papel. Além disso, há o risco de inadimplência dos tomadores de crédito que emitiram os CRIs.

Fundos híbridos

Os fundos híbridos combinam ativos de tijolo e papel, buscando um equilíbrio entre a segurança dos imóveis físicos e a previsibilidade dos rendimentos de recebíveis imobiliários.

Essa estratégia permite ao gestor ajustar a carteira de acordo com o cenário econômico. Em períodos de juros altos, pode aumentar a exposição a CRIs; em momentos de recuperação do mercado imobiliário, pode alocar mais recursos em imóveis físicos.

Alguns exemplos de fundos híbridos incluem: 

Vantagens

A diversificação reduz a exposição a riscos específicos de um único tipo de ativo. Além disso, a flexibilidade permite que o fundo se ajuste às condições do mercado para otimizar a rentabilidade.

Riscos

Esse tipo de fundo pode apresentar maior volatilidade, pois sua carteira é composta por diferentes classes de ativos. Além disso, sua análise exige mais atenção do investidor, já que é necessário avaliar tanto os imóveis físicos quanto os recebíveis financeiros.

Fundos de Fundos (FoFs)

Os Fundos de Fundos (FoFs) não investem diretamente em imóveis ou títulos financeiros, mas sim em cotas de outros FIIs. Essa estratégia permite maior diversificação sem que o investidor precise selecionar individualmente cada fundo.

Alguns exemplos de fundos de fundos incluem: 

Vantagens

Os FoFs oferecem diversificação automática e são gerenciados por especialistas, o que pode ser uma boa opção para investidores iniciantes ou que preferem uma abordagem mais passiva.

Riscos

Os principais riscos envolvem as taxas de administração e performance, que podem reduzir a rentabilidade do fundo. Além disso, a gestão ativa pode resultar em decisões que impactam o desempenho, tornando o investimento mais dependente da habilidade do gestor.

Como escolher um fundo imobiliário para investir?

Com a grande variedade de tipos de fundos imobiliários disponíveis, escolher o melhor FII para compor a carteira pode ser um desafio. Para tomar uma decisão mais assertiva, o investidor deve avaliar alguns critérios essenciais, como perfil de risco, dividend yield, liquidez, qualidade da gestão e riscos envolvidos.

A seguir, exploramos os principais pontos a serem analisados antes de investir em FIIs.

Perfil do investidor

O primeiro critério a ser avaliado é o perfil do investidor, pois diferentes tipos de FIIs atendem a diferentes objetivos financeiros.

Os FIIs de papel, que investem em recebíveis imobiliários, são mais indicados para aqueles que buscam rendimentos recorrentes, uma vez que distribuem juros frequentemente e possuem rentabilidade atrelada a indicadores como CDI e IPCA. Já os FIIs de tijolo podem ser mais adequados para investidores que priorizam a valorização patrimonial, pois investem diretamente em imóveis físicos que podem se apreciar ao longo do tempo.

Fundos híbridos, que combinam ativos físicos e financeiros, são uma opção para quem deseja um portfólio mais equilibrado. Já os fundos de fundos (FoFs) são ideais para quem prefere diversificação automática, pois investem em diferentes FIIs dentro de um único produto.

Dividend yield

O dividend yield (DY) é um indicador essencial para avaliar a atratividade de um fundo imobiliário em termos de geração de renda passiva. Ele mede a relação entre os dividendos distribuídos pelo fundo e o preço atual da cota. Quanto maior o DY, maior a rentabilidade proporcionada pelos proventos pagos aos cotistas.

Contudo, é importante observar que um DY excessivamente elevado pode ser um sinal de risco, pois pode indicar que o fundo está distribuindo rendimentos insustentáveis ou que a cota desvalorizou significativamente. Dessa forma, o investidor deve analisar não apenas o retorno dos dividendos, mas também a consistência dos pagamentos ao longo do tempo e a qualidade dos ativos do fundo.

Liquidez e volume de negociação

A liquidez de um fundo imobiliário refere-se à facilidade de comprar ou vender suas cotas no mercado secundário. Fundos com alto volume de negociação permitem que o investidor entre ou saia da posição sem dificuldade, enquanto fundos com baixa liquidez podem dificultar a venda das cotas sem impacto significativo no preço.

Antes de investir, é recomendável verificar o volume médio diário de negociações do fundo na B3. FIIs com alta liquidez tendem a ser mais estáveis e menos suscetíveis a oscilações bruscas de preço.

Gestão do fundo e estratégia de investimento

A qualidade da gestão é um fator determinante na performance dos fundos imobiliários. Um gestor competente é responsável por selecionar ativos sólidos, negociar bons contratos de locação, administrar riscos e tomar decisões estratégicas para maximizar os rendimentos do fundo.

A experiência da gestora e seu histórico de desempenho são aspectos que devem ser avaliados. Algumas das principais gestoras do mercado possuem tradição na administração de FIIs e seguem uma estratégia clara e bem definida. Além disso, a transparência na comunicação com os cotistas, por meio da divulgação de relatórios periódicos e reuniões de prestação de contas, é um indicativo da qualidade da governança do fundo.

Riscos e oportunidades na escolha de FIIs

Assim como qualquer investimento, os fundos imobiliários possuem riscos que devem ser analisados antes da aplicação.

O risco de vacância é um dos principais fatores que podem afetar a rentabilidade dos FIIs de tijolo. Quando um imóvel do portfólio fica desocupado, os rendimentos do fundo podem ser reduzidos, impactando o pagamento de dividendos. O risco de inadimplência, por sua vez, é uma preocupação nos FIIs de papel, pois eventuais atrasos ou calotes nos recebíveis imobiliários podem comprometer os retornos do fundo.

Outro fator relevante é a sensibilidade dos FIIs às variações da taxa de juros. Em períodos de alta da Selic, os fundos de tijolo podem sofrer desvalorização, pois os investidores passam a preferir ativos de renda fixa. Por outro lado, FIIs de papel podem ser beneficiados em cenários de inflação elevada, pois muitos de seus ativos são corrigidos pelo IPCA.

Além dos riscos, existem oportunidades que podem ser aproveitadas. O setor logístico, por exemplo, tem se beneficiado do crescimento do e-commerce, impulsionando a demanda por galpões de distribuição. O segmento de lajes corporativas, por outro lado, pode apresentar boas oportunidades em um momento de retomada econômica.

Portanto, na escolha de um FII, é fundamental equilibrar risco e retorno, diversificar entre diferentes tipos de fundos e acompanhar as condições do mercado imobiliário e da economia.

Perspectivas para os fundos imobiliários em 2025

O desempenho dos fundos imobiliários em 2025 será impactado pelo cenário macroeconômico, principalmente pela taxa de juros e inflação. Caso a Selic caia, os FIIs de tijolo podem se beneficiar, já que o crédito imobiliário se torna mais acessível e a atratividade desses ativos aumenta. 

Se os juros permanecerem elevados, os FIIs de papel tendem a continuar oferecendo bons rendimentos, já que muitos de seus ativos estão indexados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ou à inflação.

Além disso, setores emergentes devem ganhar relevância. O mercado de hospitais e imóveis para saúde se destaca por sua resiliência e contratos de longo prazo. O setor de data centers cresce com a digitalização das empresas, aumentando a demanda por infraestrutura especializada. Já os galpões logísticos seguem valorizados pelo avanço do e-commerce, que exige centros de distribuição modernos e bem localizados.

Os fundos de recebíveis também continuarão no radar. Se a Selic permanecer alta, esses fundos devem seguir atrativos pela rentabilidade indexada à inflação ou ao CDI. No entanto, com a possível queda dos juros, a valorização das cotas dos FIIs de tijolo pode levar investidores a reequilibrarem suas carteiras.

Diante desse cenário, acompanhar as condições econômicas e diversificar entre diferentes tipos de FIIs será essencial para aproveitar as oportunidades do mercado em 2025.

Conclusão

Os fundos imobiliários (FIIs) são uma excelente opção para quem busca renda passiva e diversificação no mercado imobiliário. Vimos que há diferentes tipos de FIIs, como os de tijolo, papel, híbridos e FoFs, cada um com suas vantagens e riscos. A escolha do melhor fundo depende do perfil do investidor e de seus objetivos financeiros.

Escolher o FII ideal dentre os tipos de fundos imobiliários depende do perfil do investidor e do objetivo financeiro. Quem busca renda passiva previsível pode se beneficiar dos fundos de tijolo e papel, enquanto aqueles que desejam diversificação e gestão profissional podem optar por FoFs ou híbridos. Independentemente da escolha, FIIs são uma excelente alternativa para gerar renda recorrente e compor uma carteira equilibrada e diversificada.

Se você quer investir de forma estratégica e com segurança, contar com um especialista faz toda a diferença. Entre em contato com um assessor exclusivo da Status Invest e descubra as melhores oportunidades em cada um dos tipos de fundos imobiliários para o seu perfil.

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