Selic

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O que é SELIC?

A Selic corresponde à Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sendo inserida durante o ano de 1979 no Brasil, pelo Banco Central (BACEN).

Sendo assim, observa-se que a Selic difere-se da taxa Selic, sendo a taxa definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) e referindo-se como a taxa básica de juros para realizar o controle do consumo da economia.

Dessa maneira, a Selic está relacionada como um depositário de títulos públicos emitidos pelo tesouro nacional.

Além do mais, a Selic possui um sistema que funciona de forma eletrônica, permitindo assim, o controle da emissão, compra e venda dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional.

Ou seja, não existem registros físicos, dado que, tudo funciona de forma computadorizada, mantendo sempre o comando pelo Banco Central.

Além disso, apenas instituições financeiras que são autorizadas pelo BACEN possuem acesso ao sistema Selic, isto é, pessoas comuns não possuem acesso ao sistema.

Sendo assim, dentre as principais instituições que podem participar do sistema Selic, estão:

  • Corretoras;
  • Bancos comerciais;
  • Caixas econômicas;
  • Bancos de investimento.

Portanto, a Selic é administrada pelo Departamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central (DEMAB) em conjunto com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).

Como funciona a Taxa SELIC?

A taxa Selic não é utilizada por pessoas físicas. Dessa forma, ela é a taxa usada entre os bancos, principalmente, pelo Banco Central, funcionando principalmente como uma forma de controlar a inflação.

Através da taxa selic os bancos determinam a taxa de outros juros incluídos nas aplicações financeiras. Desse modo, a taxa selic atua como uma referência a todas as outras taxas de juros da economia.

Sendo assim, a taxa básica de juros da economia é utilizada para cobrir possíveis gastos e prejuízos das instituições financeiras. Dado que, o Banco Central estabelece que as instituições financeiras mantenham no caixa um percentual de capital, diariamente, após o fechamento.

Como a Taxa SELIC é definida?

A taxa Selic é considerada a taxa básica de juros da economia, sendo definida pelo Banco Central, além de ser utilizada para controlar a inflação do Brasil.

O percentual da Selic é definido pelas taxas de juros que são cobradas em operações que são realizadas entre os bancos e que envolvem títulos públicos.

A taxa serve como uma referência para as outras taxas de juros da economia. Isto é, todas as outras taxas de juros irão apresentar percentuais superiores a taxa selic.

Além disso, existem duas taxas importantes para compreender a selic, dentre elas está:

  1. Selic Over:  refere-se a taxa básica de juros exercida em território nacional, vista como uma taxa média das negociações durante o período de um dia dos títulos públicos na selic;
  2. Selic Meta: está relacionada a meta para a taxa Selic, definida pelo Copom. Sendo assim, para alcançar a meta, o Banco Central poderá interferir no mercado comercializando títulos públicos. Além disso, para definir a taxa selic meta são levadas em consideração a conjuntura econômica, inflação e taxa de câmbio.

Sendo assim, para definir a taxa selic são realizadas reuniões do COPOM em uma média de 8 vezes ao ano ou, em média, a cada 45 dias. No início da reunião são realizadas análises sobre a conjuntura da economia baseando-se em alguns indicadores como, contas públicas, cenário externo, atividade econômica e inflação.

Após isso, o diretor de política monetária expõe as propostas para a economia e, posteriormente, é realizada uma votação dessa proposta para definir a taxa selic.

Como funcionam as rentabilidades atrelados a SELIC?

As rentabilidades atreladas à Selic rendem de acordo com a taxa de juros, isto é, as aplicação são pagas de acordo com a taxa selic. Logo, a rentabilidade é calculada diariamente.

Além disso, geralmente, a rentabilidade atrelada à selic são de títulos pós-fixados, ou seja, o investidor sabe o quantitativo exato da remuneração em um período posterior.

Como investir na SELIC?

De início, é possível realizar investimentos na selic através de títulos que possuam a taxa selic como base.

Como exemplo, tem-se o título do Tesouro Selic que está paralelo com a taxa selic, dessa forma, ele irá atuar de de acordo com o desempenho alcançado pela Selic. Isto é, caso a selic sofra uma queda, a rentabilidade do título do tesouro direto também irá cair e vice-versa.

Sendo assim, para investir em um título que alcance os mesmos resultados da selic, pode-se investir diretamente pelo site do Tesouro Direto ou através de uma corretora de valores, autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários.

Quais investimentos são atrelados a SELIC

A selic está atrelada a investimentos, tanto de forma indireta como direta. Dessa maneira, a selic está relacionada diretamente a títulos do Tesouro Selic, como também, está associada indiretamente a títulos que estão atrelados ao CDI como, CDBs, Fundos e Debêntures.

Porém, nem todos os títulos públicos estão atrelados à selic, dado que, o tesouro IPCA e o Prefixado não possuem associação completamente direta com a Selic.

Além disso, a selic influencia diretamente nas variações no rendimento da caderneta de poupança, mediante a mudança na regra da poupança em 2012, da seguinte maneira:

  • Caso a taxa selic esteja acima de 8,5% ao ano a poupança vai render 0,5% ao mês somando-se a taxa referencial;
  • Se a taxa selic apresentar um resultado igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a caderneta de poupança irá render 70% da selic, somando-se a taxa referencial.

Além disso, alguns títulos públicos pós-fixados que utilizam o CDI como indicador de rentabilidade, por exemplo, o CDB e o LCI, sofrem com as mudanças da selic, ja que o CDI também é impactado.

Qual a relação entre SELIC E CDI?

Primeiramente, antes de buscar compreender a relação entre a selic e o CDI é importante se atentar ao que é e como funciona o CDI. O Certificado de Depósito Interbancário, ou simplesmente CDI, é um meio utilizado por instituições financeiras para realizar empréstimos interbancários.

Visto que, os empréstimos são necessários porque o Banco Central determina que todas as instituições financeiras fechem o caixa no final do dia, com um determinado capital.

Entretanto, é comum que os bancos não consigam cumprir essa exigência, dessa forma, é necessário recorrer ao CDI para encerrar o caixa do dia.

Sendo assim, a relação entre a Selic e o CDI se dá devido ao fato da taxa selic servir como uma referência para a taxa DI. Ou seja, as taxas trabalham de forma alinhada.

Isso se dá porque, caso a selic obtenha números muito superiores ao CDI as instituições financeiras não irão emprestar capital para outros bancos, mas sim, para o governo federal, dado que, será possível obter uma rentabilidade mais alta.

Porém, se o CDI estiver superior a selic, os juros que envolvem os títulos que utilizam a taxa sobem, o que não seria rentável para as instituições que necessitam de empréstimos.

Portanto, para manter o mercado financeiro equilibrado é relevante manter ambas as taxas com percentuais próximos.

Histórico da SELIC

O histórico da selic está disponível no site do Banco Central. Sendo assim, desde 1996, é publicado o número e a data da reunião do copom, com as taxas devidamente realizadas.

O que significa render 100% da SELIC?

Quando observa-se que um investimento rende 100% da selic, refere-se que essas aplicações irão obter o mesmo rendimento da selic durante o período de tempo em que o capital estiver aplicado aos títulos, como exemplo tem-se o título do tesouro selic.

Ou seja, se a selic foi de 2,15%, o valor que foi investido irá render os mesmos 2,15% durante o período aplicado. Lembrando que, ainda irá incidir as taxas e impostos sobre a rentabilidade.

Qual a relação entre a SELIC e a Inflação?

A Selic e a inflação estão interligadas, visto que, a selic é o principal meio utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Dessa forma, caso a inflação esteja alta, o Bacen costuma aumentar os juros. Sendo assim, o custo de crédito irá ser elevado, levando a diminuição do consumo pela população.

Entretanto, caso a selic sofra uma queda, o resultado é oposto, isto é, o consumo é estimulado e a inflação começa a recuar. Dessa maneira, quando a selic está alta, a quantidade de capital em circulação costuma sofrer uma queda, dado que, a sociedade tende a comprar menos.

Fazendo com que o quantitativo de produtos disponíveis nos comércios aumentem, logo, posteriormente, os preços diminuirão e o consumo voltará a subir.

Sendo assim, a selic em alta influenciará diretamente na inflação do país, visto que, o consumo diminui pois os juros estão mais elevados.

Como ganhar mais que a Selic?

Investir através do Tesouro Selic é considerado o investimento mais seguro do país. Por isso, caso o investidor queira ter rentabilidades acima da Selic, terá que tomar risco.

Isso pode ser realizado através de aplicações que rentabilizam acima de 100% do CDI ou mesmo migrar para a renda variável.

Foi possível saber mais sobre a Selic? Deixe suas dúvidas nos comentários.

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