Small Caps

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O que são Small Caps?

Quem faz parte ou se interessa pelo mercado financeiro, sem dúvidas, já ouviu falar nas small caps, que podem ser explicadas como empresas de pequeno porte que têm suas ações negociadas na Bolsa.

Embora sejam empresas consideradas menores, quando comparadas a maior parte das companhias que têm suas ações disponíveis na Bolsa de Valores, as small caps têm grande potencial. E é justamente por isso que essas empresas se tornaram bastante conhecidas no mundo dos investimentos.

Apesar de esta classe de empresas de capital aberto ter menor valor de mercado que as outras classes, a negociação de ações dessas companhias ocorre da mesma forma que a de companhias de maior porte.

Dessa forma, elas também são compradas e vendidas por home brokers por meio de um ticker próprio.  O único ponto diferente nas ações de small caps é que a sua classificação de market cap (capitalização de mercado) é distinta.

Além da capitalização de mercado, para se classificar como small caps as empresas também devem ter analisados o faturamento do negócio e o volume de negociação de suas ações.

Geralmente, os valores de cada um destes pontos variam entre:

  • US$500 e US$5 bilhões (faturamento);
  • US$300 milhões e US$ 2 bilhões (valor de mercado);
  • menos de US$ 50 milhões/dia (volume de negociação de ações).

No entanto, o principal dado considerado pelo mercado para classificar uma small cap é um valor de mercado, que deve estar entre US$300 milhões e US$2 bilhões.

Tipos de Small Caps

As small caps são divididas entre dois tipos de companhias. Em sua maioria são as empresas novas que, embora possam ser reconhecidas no seu setor específico, ainda são pequenas no mercado.

No entanto, empresas com mais tempo de mercado também podem se enquadrar nessa classificação, caso estejam concentradas em setores menores. Sendo assim, dentro do mercado de renda variável, em ambos os casos, essas companhias são vistas de forma positiva por alguns perfis de investidores.

Isso porque oferecem um maior potencial de crescimento e valorização em relação às ações de empresas classificadas como large caps.

Contudo, vale destacar que uma small cap também tem menor liquidez na Bolsa de Valores, o que acaba tornando os investimentos nelas mais voláteis.

Tipos de empresas

Além das small caps, existem outras classificações de empresas no mercado. Da mesma forma, elas servem para definir o porte de um negócio. Em ordem crescente, os tipos de empresas existentes são as seguintes:

Nanocaps

As chamadas nanocaps são as empresas de capital aberto que possuem um valor de mercado inferior a US$50 milhões. Essa é a classificação que possui menos empresas listadas, e isso se dá ao fato de que existe um alto custo para que uma companhia se mantenha na Bolsa.

Entre os principais, podemos citar:

  • taxas;
  • auditorias;
  • estruturação do departamento de relação com investidores.

Em geral, as empresas esperam para abrir capital apenas quando já estão acima dessa categoria, ou ao menos quando podem diluir esses custos sem afetar seus resultados. Alguns exemplos de nanocaps são:

Microcaps

As microcaps são empresas negociadas na bolsa com valor de mercado entre US$50 milhões e US$300 milhões. Classificadas logo abaixo das small caps, elas são conhecidas por serem bastante voláteis e oferecerem baixa liquidez.

Mid Caps

As mid caps são as companhias com capitalização com valor de mercado entre US$2 bilhões e US$10 bilhões. Em geral, essas empresas já têm uma volatilidade menor no mercado, ou seja, garantem uma maior estabilidade financeira para seus acionistas.

Isso porque, além de serem mais conhecidas pela população em geral, elas também costumam ter seus movimentos e evoluções mais acompanhados; sem contar o alcance da sua atuação, que geralmente é nacional ou internacional. Entre os exemplos de mid caps, se destacam:

Large Caps

Empresas classificadas como large caps são aquelas com valor de mercado acima de US$ 10 bilhões. Por serem altamente acompanhadas pelos agentes de mercado e possuírem alta liquidez, elas compõem majoritariamente o Ibovespa.

Sendo assim, a variação da cotação das suas ações impacta de forma mais relevante o desempenho do IBOV.

Além disso, por conta do acompanhamento de perto feito com as large caps, seus resultados costumam ser mais previsíveis aos investidores.

Mega Caps

As Mega Caps nada mais são que Large Caps que atingiram um valor de mercado superior a US$200 bilhões.

Portanto, essa classificação serve para distinguir do grupo anterior as empresas de maior destaque do mundo.

Ou seja, os negócios reconhecidos internacionalmente e com influência direta no mercado global. Entre alguns exemplos, podemos citar:

Vantagens das Small Caps

A maior vantagem relacionada ao investimento em Small Caps é uma maior probabilidade de retorno sobre o capital aplicado na empresa.

Embora tenha uma capitalização de mercado menor e menor liquidez, pode representar vantagens para os investidores pessoa física. Isso porque, justamente em razão destes fatores, essas ações podem acabar recebendo um valor equivocado no mercado, sendo negociados por um preço abaixo do que realmente valem.

Assim, o fato de muitos investidores ignorarem os papéis dessa classe na hora de investir acaba sendo uma vantagem grande para quem opta pelas small caps, encontrando ótimas opções no mercado.

Além disso, o potencial de crescimento das empresas classificadas nesta categoria também é enorme, e quase sempre maior que o das empresas mais conhecidas e populares entre os investidores.

Para exemplificar essa linha de raciocínio, basta fazer a seguinte pergunta: qual empresa tem mais chances de multiplicar o seu tamanho, uma com valor de mercado de 1 bilhão ou um com valor de 100 bilhões?

Desvantagens das Small Caps

É importante destacar que, assim como qualquer tipo de investimento, a aplicação em small caps também tem seus pontos negativos. Entre os principais está a alta exposição a flutuações financeiras, já que empresas de pequeno porte são mais vulneráveis a mudanças no ambiente econômico.

Isso se dá ao fato de que essas companhias ainda não estão consolidadas no mercado e, por estarem em fase de expansão, provavelmente possuem mais dívidas.

Sendo assim, mudanças na economia podem afetar direta e consideravelmente os seus resultados e, assim, também o resultado de seus investidores e acionistas.

Para ter uma ideia desse tipo de cenário, basta imaginar um cenário de desaceleração da economia. Enquanto ele pode ser considerado desfavorável para os grandes negócios – como as mid e large Caps – ele é tido como devastador para algumas empresas de pequeno porte (caso das small caps).

Pontos de atenção para Small Caps

Além da vulnerabilidade econômica, as Small Caps apresentam outros pontos negativos que devem ser analisados atenciosamente pelos investidores. Entre eles está a lenta precificação, já que essas companhias costumam ser menos acompanhadas pelos agentes de mercado.

Por conta disso, a precificação justa de suas ações pode demorar mais que a de outras companhias maiores. Outro aspecto negativo das small caps é o fato de essas empresas oferecerem uma maior volatilidade aos seus investidores.

Mesmo que isso seja algo já relacionado ao mercado de renda variável, essas companhias podem ter suas cotações oscilando em até dois dígitos percentuais em um só dia.

Portanto, é de extrema importância que o investidor analise os fundamentos das small caps de seu interesse para estar mais seguro em meio a variações financeiras.

Como investir em Small Caps?

Por oferecerem um alto potencial de valorização financeira no longo prazo, é comum que as Small Caps chamem a atenção de diversos investidores. Mas para saber como investir em Small Caps é necessário entender as diferentes formas em que essas empresas têm seu capital negociado no mercado.

Existem três principais maneiras de investir nessa classe de ativos, conforme exposto a seguir.

Ações Small Caps

A maneira mais comum de investir em empresas de pequeno porte listadas na B3 é fazendo isso diretamente na Bolsa de Valores, por meio do home broker. Nesse caso, o investidor utiliza sua conta em uma corretora de valores para se tornar sócio direto da empresa.

Assim, ele se transforma em proprietário de um percentual da companhia, com direito a se beneficiar com a distribuição de lucros da empresa, de acordo com sua participação.

Nesse tipo de aplicação, é necessária uma análise individual das empresas disponíveis ao investidor, para que seja identificada aquela com melhores fundamentos.

ETF Small Caps (SMAL11)

Outra forma possível de aplicar em small caps é por meio dos ETFs (Exchange Traded Funds), também chamados de Fundos de Índice.

Esse ativo representa um tipo de fundo de investimento de gestão passiva, negociado como uma ação, mas possuindo diferenças. Ao investir em um ETF, o investidor compra uma cota de um único ativo e recebe um conjunto de ações de empresas.

No caso do ETF de small caps, é feita uma escolha diversificada de companhias dessa classe, baseadas na performance do ETF. No Brasil, o ETF responsável por replicar o desempenho das small caps é o SMAL11, que é negociado na B3.

Ao aplicar nele, o investidor consegue diversificar sua aplicação mesmo com pequenas participações, e ainda gasta menos com taxas de administração (0,5% a.a.).

Assim, conclui-se que essa é uma alternativa mais barata de aplicar em small caps, além de mais segura, já que dilui os riscos relacionados a cada empresa do conjunto.

Fundos de Small Caps

No caso dos fundos de small caps, o investidor terceiriza a análise e a escolha das ações para um gestor, que fica responsável pelo gerenciamento ativo do capital dos cotistas. O trabalho desse gestor é encontrar as melhores oportunidades de investimento com o capital dos participantes do fundo.

No entanto, para todo o trabalho de análise e seleção de ativos, existe um custo, e os fundos de investimento cobram taxas de administração de, em média, 2% ao ano. Portanto, acabam interferindo um pouco mais que os ETFs no lucro do investidor.

Quais ações são Small Caps?

As ações small caps são aquelas que representam empresas com um valor de mercado entre US$300 milhões e US$2 bilhões.

Na Bolsa brasileira existem diversas opções de companhias dessa classe, inclusive outras que já passaram por fases inferiores e tiveram uma ótima consolidação.

Um exemplo disso é a Unipar (UNIP6), fabricante de cloro e soda, que era classificada como Microcap em 2016 e conseguiu multiplicar seu valor de mercado em 10 veze, passando a ser classificada em 2018 como uma Small Cap.

Entre as principais Small Caps negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a Bolsa de Valores brasileira, podemos citar:

Diferença entre Small Caps e Blue Chips

É comum que haja uma certa confusão a respeito dessas duas definições de ações, sendo elas bastante utilizadas no mercado financeiro. No entanto, existe uma grande diferença entre as duas, que são literalmente opostas.

Enquanto as small caps são empresas com baixo valor de capitalização e menor liquidez, as blue chips são as empresas mais consolidadas no mercado.

Entre os exemplos de Blue Chips na B3, destacam-se:

Portanto, o termo “small caps” representa negócios que ainda estão, de certa forma, no início da sua jornada, enquanto blue chips representa as ações mais negociadas e desejadas pelos investidores.

Vale a pena investir em Small Caps?

Investir em uma small cap pode representar uma ótima estratégia para aqueles que buscam maiores retornos no longo prazo. Isso porque, essas empresas possuem uma maior tendência de crescimento e otimização ao longo do tempo.

Alguns fatores como o aumento de receitas, eficiência da equipe e potencial de geração de caixa podem ser decisivos na hora de analisar o potencial de crescimento de uma empresa de pequeno porte. Além disso, essas companhias são menos acompanhadas no mercado, já que as corretoras preferem ações mais líquidas e capazes de dar retornos com corretagem.

Por conta disso, é comum encontrar small caps subvalorizadas, levando em consideração seu valuation. E é aí que está a oportunidade de lucro para o investidor.

Vale lembrar que, por serem mais frágeis financeiramente, essas empresas são mais impactadas em períodos de crise, tendo suas cotações altamente prejudicadas. E em momentos como esse, decisões precipitadas podem arriscar todo o capital do investidor.

Por conta disso, é fundamental que ele conheça os fundamentos da companhia para ser capaz de tomar uma boa decisão e aumentar seu potencial de retorno com small caps.

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