Ativo imobilizado

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O que é ativo imobilizado?

O ativo imobilizado é um bem tangível usado para manter as atividades de uma empresa. Ele é adotado por mais de um período e interfere no recolhimento de obrigações fiscais. Portanto, tem relação com a gestão de um negócio, que pode ser potencializada para tornar a companhia mais competitiva.

Esse recurso pode ser usado para produzir ou fornecer mercadorias e serviços, finalidades administrativas ou garantir o aluguel de outros itens. Alguns exemplos de ativo imobilizado são:

  • edificações;
  • terrenos;
  • móveis e utensílios;
  • veículos;
  • máquinas e equipamentos;
  • computadores e periféricos;
  • ferramentas;
  • consórcios em andamento.

Segundo o Regulamento do Imposto de Renda, um ativo imobilizado é aquele cujo bem tem um valor superior a R$ 1.200 por unidade ou tem um prazo de vida útil superior a 1 ano. Isso significa que, se o bem não cumpre esses requisitos, fica a critério da empresa imobilizá-lo.

O que não pode ser considerado um ativo imobilizado?

Para estar enquadrado nessa categoria, o bem sempre precisa ser tangível. No entanto, nem todos os que existem fisicamente são imobilizados.

Um exemplo é um imóvel da empresa utilizado para ganho de renda. Nesse caso, a classificação no balanço patrimonial da empresa é de propriedade para investimento. Outros ativos não imobilizados são:

  • biológicos, ou seja, aqueles relacionados à atividade agrícola;
  • recursos não renováveis, como direitos sobre jazidas e reservas minerais (gás natural, petróleo e outros).

Qual a importância do ativo imobilizado?

Para a empresa, o registro adequado de todos os bens tangíveis permite classificá-los da forma correta e gerar relatórios financeiros reais. Assim, fica mais fácil saber como está a saúde financeira do negócio.

Essa vantagem também é importante para os investidores. Como os relatórios trazem informações relevantes, eles podem verificar os dados e aplicar a análise fundamentalista para descobrir se vale a pena investir nas ações, tanto ordinárias quanto preferenciais.

Por exemplo, se for identificado que a companhia investe mais em ativo imobilizado do que naqueles de fácil circulação, é preciso ter atenção e cuidado.

Da mesma forma, se a empresa não tiver nenhum bem desse tipo em seu nome. Isso porque ela teria mais dificuldades de pagar suas dívidas no longo prazo.

O que é a depreciação do ativo imobilizado?

A depreciação se refere à perda do valor de um bem com o passar do tempo. Isso ocorre com todos os ativos imobilizados, exceto os terrenos.

Esse processo de desvalorização começa logo que o bem esteja disponível para uso. Caso a escolha da empresa seja o método de depreciação pelo uso, a despesa relativa a esse aspecto pode ser igual a zero nos períodos em que a produção estiver interrompida.

Contabilmente, a depreciação encerra com a classificação do ativo imobilizado como “mantido para venda” ou em sua baixa. O tempo de vida útil do bem e as taxas de depreciação anuais devem seguir as diretrizes da Instrução Normativa 1.700/2017, da Receita Federal.

Algumas das principais são:

  • imóveis: taxa anual de depreciação de 4% e vida útil de 25 anos;
  • máquinas e equipamentos: taxa anual de depreciação de 10%  vida útil de 10 anos;
  • instalações: taxa anual de depreciação de 10%  vida útil de 10 anos;
  • veículos: taxa anual de depreciação de 20%  vida útil de 5 anos;
  • equipamentos de informática: taxa anual de depreciação de 20%  vida útil de 5 anos.

Além disso, cada componente do ativo imobilizado que tenha um custo significativo deve sofrer depreciação de forma separada. Se os itens forem diferentes, mas fazerem parte do mesmo bem, devem ter a mesma vida útil e o modo de depreciação.

Se o componente não tiver custo significativo, a empresa pode calcular a depreciação de forma separada ou não.

Por que controlar os ativos imobilizados?

Mais do que uma exigência fiscal, é importante fazer uma boa gestão do ativo imobilizado para a empresa saber exatamente qual é seu patrimônio. A partir disso, é possível definir o melhor tratamento contábil e fornecer informações mais qualificadas aos investidores.

Ao ter essa visão completa, todos podem tomar decisões mais acertadas. No caso do mercado financeiro, portanto, a análise do ativo imobilizado diz se a saúde financeira do negócio é positiva e se vale a pena investir em suas ações.

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