O que é private equity?
Private equity é uma aplicação financeira em que um ou mais investidores adquirem uma empresa com amplo potencial de crescimento. O objetivo é melhorar a gestão e o desempenho do negócio por meio de aportes de capital privado para haver lucro futuro com a venda da companhia.
Criado ainda nos anos 1980, o private equity costuma ser executado por uma gestora. Ainda assim, também pode ser feita por outras instituições, vários tipos de fundos de investimentos, empresas e investidores individuais.
Para alcançar a valorização da companhia — mais precisamente de seu valuation —, costuma haver uma participação ativa na administração do negócio. Além disso, as organizações escolhidas costumam ser de médio porte e já ter um bom faturamento.
Devido a suas características, esse é um investimento considerado arriscado. Por outro lado, ele tem grande potencial de retorno em médio ou longo prazo.
As empresas que tendem a optar por essa estratégia são aqueles em processo de fusão ou venda. Também as que pretendem abrir capital na Bolsa de Valores, mas não têm recursos próprios suficientes para lançar a Oferta Pública Inicial (IPO).
Nesse caso, a empresa comercializa parte do capital a um fundo de private equity. Além do aporte financeiro, a abertura também é facilitada pelo conhecimento dos profissionais sobre o mercado de ações.
Como funciona o private equity?
O private equity começa com o contato entre a empresa ou o fundo de private equity com os sócios da companhia alvo da ação.
Nesse processo, são analisados diferentes aspectos, como as características do negócio, os principais produtos e serviços, os indicadores etc. Dessa forma, é possível identificar o potencial de crescimento da organização.
Em seguida, é feito o valuation, ou seja, a análise do valor da companhia. Com os números em mãos, o acordo final é fechado entre as partes interessadas com a celebração de um contrato de investimentos.
Ele será assinado pelos sócios e acionistas da empresa, além da financiadora. Desse momento em diante, a empresa ou o fundo de private equity participa da gestão organizacional.
O foco é identificar gargalos e fazer ajustes para melhorar os resultados alcançados. Assim, é possível valorizar a companhia ainda mais.
Com a valorização, chega o momento da venda dos ativos da empresa — especialmente, ações. Essa é a etapa final, em que os cotistas recebem a remuneração do investimento realizado.
Quais são as vantagens do private equity?
Há duas vantagens para as empresas que recebem aportes por essa modalidade de investimento. De um lado, está o capital, que ajuda a desenvolver várias atividades e ampliar o mercado de atuação.
De outro, o auxílio à gestão. Gestores experientes contribuem com o negócio e direcionam as ações. Com isso, a empresa chega a um patamar mais estratégico.
Outras vantagens dos fundos de private equity são:
- fortalecimento da reputação da companhia perante o mercado;
- ampliação do mercado de atuação;
- crescimento dos recursos financeiros disponíveis;
- aumento da vantagem competitiva;
- diversificação dos riscos.
Quais as diferenças entre private equity e venture capital?
O venture capital está voltado para empresas em início de operação. O capital costuma a ser aplicado em startups com elevado potencial de crescimento. Apesar dessa perspectiva, ainda não há um mercado formado, o que torna o investimento ainda mais arriscado.
Por sua vez, o private equity é um investimento privado realizado em companhias já consolidadas no mercado. Elas têm um amplo potencial de desenvolvimento e valorização.