CDB

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O que é o CDB?

CDB é a sigla de um título muito conhecido na renda fixa brasileira: o Certificado de Depósito Bancário. Portanto, são as corretoras e bancos que oferecem esse título para a captação de fundos, rendendo de forma superior à poupança.

Como se trata de um investimento de renda fixa emitido pelos bancos, qualquer investidor pode ter um CDB no seu portfólio de aplicações financeiras. Além disso, esse investimento oferece alguns tipos de rendimento, como o prefixado e o pós-fixado.

Como funciona o CDB?

No geral, o investimento em CDBs se parece muito com outros produtos de renda fixa. No entanto, o CDB trata-se especificamente de um empréstimo ao banco.

Os bancos captam dinheiro com os CDBs oferecendo em troca uma remuneração, isto é, os juros, aos investidores, durante um tempo determinado.

Entre outras coisas, a captação serve para financiar as atividades do banco emissor, como:

  • projetos;
  • crescimento;
  • pagamento de dívidas.

Outro ponto importante sobre o Certificado de Depósito Bancário é que ele conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.

Isso vale por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.

Rentabilidade do CDB

Em primeiro lugar, se ressalta que o CDB rende mais do que a poupança, embora seja difícil definir exatamente quanto. Isso acontece porque a aplicação oferece juros variados em cada título, que depende de vários fatores.

No entanto, de forma geral, os CDBs emitidos por instituições bancárias de menor porte tendem a oferecer taxas de rendimento maiores.

Da mesma forma, as aplicações que possuem prazo de vencimento mais longo costumam ter rentabilidade mais atrativa.

Como dito, existem tipos de CDBs, cada qual com suas características. Os três modelos mais comuns são:

  • CDB prefixado
  • CDB pós-fixado
  • CDB atrelado à inflação

CDB prefixado

No CDB prefixado, como a taxa de juros é definida e informada desde o momento da aplicação, o investidor consegue calcular de forma exata a remuneração que vai receber até o papel vencer.

Sendo assim, um CDB prefixado com taxa de 5% ao ano, por exemplo, oferecerá exatamente essa remuneração até o fim.

CDB pós-fixado

O CDB pós-fixado é o mais disponível no mercado. Investindo nele, desde o momento da aplicação, o investidor também sabe que indicador servirá de referência para a rentabilidade do papel.

No entanto, não é possível ter certeza de qual será o retorno em reais, porque ele seguirá a dinâmica de variações do indicador.

O indicador mais comum para os CDBs pós fixados é a conhecida taxa do CDI. Em linhas gerais, CDI é uma taxa que reflete o quanto os bancos estão ganhando de juros por emprestar dinheiro para outros bancos.

A taxa CDI e a Selic estão bastante associadas. A Selic é a taxa básica de juros da economia. O seu valor tem impacto direto no CDB.

Por exemplo, caso a ela seja muito maior que a Taxa CDI, os bancos podem preferir emprestar dinheiro ao governo, e não aos outros bancos, já que assim terão uma rentabilidade maior.

No entanto, se a Taxa CDI estiver muito acima da Selic, a remuneração dos títulos que usam essa taxa sobe, o que também não é bom para os bancos.

Além disso, os CDBs pós-fixados podem adotar uma forma de remuneração conhecida como “CDI mais spread”. No entanto, se o CDI subir ou cair ao longo do tempo da aplicação, a rentabilidade em reais pode ser maior ou menor.

CDB atrelado à inflação

Por fim, o CDB atrelado à inflação ou CDB híbrido mescla as duas estruturas anteriores. Isto é, eles oferecerem como retorno uma parcela prefixada e outra pós fixada. Portanto, fica claro que a rentabilidade dos títulos vai depender de cada aplicação.

Custos e tributação do CDB

Em primeiro lugar, vale dizer que os CDBs não envolvem a cobrança de taxa de administração. Por outro lado, em algumas corretoras, pode haver taxa de corretagem ou de custódia para negociar esses papéis – embora não seja difícil encontrar corretoras que oferecem isenção.

A tributação dos CDBs funciona como as outras aplicações de renda fixa. O investidor paga Imposto de Renda seguindo uma tabela regressiva.

Essa taxa varia entre 22,5% sobre a rentabilidade para investimentos de até seis meses e 15% sobre a rentabilidade para investimentos mantidos por mais de 2 anos.

Além disso, há a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide em operações de resgate inferior a 30 dias. Nesses casos, a alíquota pode variar entre 96% e 3% da rentabilidade, pois ela também diminui com o tempo do investimento.

Vantagens do CDB

Existem diversas vantagens em investir no CDB. Por exemplo, trata-se de um investimento muito simples. Além disso, como dito, é possível prever qual será a sua rentabilidade, oferecendo mais segurança, sendo um investimento de baixo risco.

O CDB ainda conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Dessa forma, se o emissor do título falir, você não perde o valor que aplicou.

Além disso, o CDB oferece diversificação, o que permite aumentar seus rendimentos. Depositando uma parte nesses títulos pode se obter equilíbrio e manter um bom retorno financeiro, mesmo em cenários negativos.

Por fim, há a liquidez do CBD, aplicação que pode ter prazos bem menores que outras aplicações. Por exemplo, os ativos de liquidez diária são os mais indicados para quem precisa utilizar o dinheiro antes da data do vencimento.

Desvantagens do CDB

Como algumas desvantagens do CDB, se tem, por exemplo, a taxa de impostos. O CDB exige o pagamento, embora varie de acordo com o prazo e valor investido.

Além disso, dependendo da instituição financeira, é possível solicitar várias taxas, como cobranças extras por resgates antecipados.

O principal risco de um CDB é o risco de crédito. Portanto, pode ser que a instituição financeira que emitiu o papel tenha problemas de caixa e acabe “dando um calote” nos investidores. No entanto, até certa quantia, existe o FGC para cobrir o valor.

A rentabilidade do CDB também pode ser encarada como muito pequena perto de outras aplicações. Para conseguir taxas melhores, quase sempre é preciso recorrer a um maior risco e renunciar à liquidez.

Como investir em CDB?

Para investir no CDB, é preciso tomar os seguintes passos:

  • comparar bancos e corretoras;
  • escolher o ativo;
  • abrir uma conta na corretora;
  • se atentar ao FGC;
  • transferir o valor.

Compare as opções entre bancos e corretoras

Para escolher um banco ou corretora que irá usar para fazer a aplicação, é preciso procurar opções. Você pode, portanto, verificar a variedade de CDBs disponíveis em cada plataforma de investimentos.

Não é preciso necessariamente comprar um CDB do banco no qual tem conta. O mais importante é procurar bancos que oferecem uma melhor remuneração.

Escolha o CDB

Para decidir em qual CDB irá investir, você pode levar em conta fatores como: remuneração, prazo de vencimento, liquidez e nível de risco do emissor.

Com isso, será possível encontrar a opção ideal para você. Por exemplo, se é um valor que você não quer que fique “preso”, você pode considerar um CDB com liquidez diária.

Abra uma conta

Após escolher a instituição e o CDB, você deve criar uma conta na corretora. Para tal, você deve preencher algumas informações e enviar alguns documentos pessoais, como a cópia do RG e do CPF.

Se atente aos limites do FGC

Vale ressaltar que o limite de cobertura é de R$ 250 mil por pessoa e por instituição. Portanto, se o investidor pretende colocar um valor maior do que esse, é importante diversificar o papel em instituições diferentes, por exemplo.

Também existe uma segunda exigência do FGC. O fundo estabelece um limite global de garantia de R$ 1 milhão, renovado a cada quatro anos.

Isso significa dizer que, embora o investidor tenha diversificado as aplicações, o limite de ressarcimento que ele poderá usar ao longo de quatro anos será de apenas R$ 1 milhão.

Transfira o dinheiro e comece a investir

Por fim, chega a hora de aplicar. Para começar a operar, basta transferir recursos da sua conta corrente para a corretora.

Isso acontece de forma rápida, por meio de um DOC, TED ou PIX. Depois disso, é só comprar os CDBs que tiver escolhido.

CDB como reserva de emergência

O CDB com liquidez diária pode ser uma boa opção para quem deseja fazer uma reserva de emergência. Com ele, é possível encontrar taxas de rentabilidade próximas ou maiores que o CDI.

Esse é um benchmark da renda fixa. Sendo assim, é possível retirar o valor em qualquer momento caso ocorra, de fato, uma emergência.

Vale a pena investir em CDB?

De forma geral, o Investimento em CDB é uma opção segura, tranquila e rentável de não deixar o seu dinheiro sem render nada.

Para pessoas que não tem intenção de aprofundar no mercado financeiro, mas desejam uma rentabilidade superior a poupança, o CDB pode ser uma boa alternativa.

No entanto, vale atentar para a taxa de juros. Grande parcela das aplicações dos investimentos em CDB são indexadas por ele. Portanto, quando menores, elas remuneram menos também.

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