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O que é um ETF?

O Exchange Traded Funds, ou ETF, pode ser traduzido para o português como Fundos Negociados em Bolsa.

O ETF é uma alternativa para os investidores, principalmente para os que estão começando no mundo dos investimentos.

Ele pode ser definido como um fundo de investimento que possui o objetivo de integrar diversos investidores, além de realizar a soma de capital de todos esses investidores para realizar aplicação em diversos ativos.

Dessa forma, o ETF proporciona que o investimento seja realizado em um grupo de ativos, sem necessitar adquirir ativos individualmente.

Os fundos de investimentos podem focar, ainda, apenas em produtos de renda fixa, ou apenas em ativos de renda variável. Contudo, ainda existem os fundos que possuem ambas as modalidades.

Além disso, os ETFs possuem diversas outras modalidades de investimento, sendo elas:

  • Commodities;
  • Ações;
  • Índices de mercado;
  • Moedas.

Observa-se que o ETF é um tipo de fundo de investimento que realiza a aplicação de recursos em diversas ações negociadas na Bolsa de Valores.

O ETF se difere do modo de investimentos comum devido a sua forma de administração. Por exemplo, quando o investidor compra ações de uma empresa por conta própria, é possível fazer a administração e acompanhar os resultados para tomar decisões sozinho.

Entretanto, quando o investidor realiza aportes em ETF, é possível acompanhar o desempenho do investimento realizado, mas não é possível administrar e executar decisões, dado que o gestor do fundo é o responsável.

Portanto, toda a administração de recursos do investimento fica por conta do gestor.

Como funciona um ETF?

Compreender o funcionamento do ETF é necessário antes de investir, especialmente, devido a popularização dessa modalidade de investimento no Brasil.

Um ponto necessário para compreender, antes de iniciar os investimentos em ETF, é entender o funcionamento da gestão do fundo.

Geralmente, a maioria dos ETFs que estão disponíveis no mercado possuem uma gestão passiva. Assim, o fundo acaba comprometendo-se a seguir uma metodologia de investimentos pré-determinada.

Dessa forma, o fundo de gestão passiva segue uma metodologia, se comprometendo ao que foi proposto.

Já no caso do funcionamento da rentabilidade, os ETFs buscam refletir uma evolução nas ações que fazem parte do índice. Dessa maneira, sua rentabilidade não pode ser generalizada.

Principais ETFs no Brasil e no mundo

Os ETFs no Brasil e no mundo aumentam diariamente, e o crescimento deriva de diversas vantagens que são proporcionadas pelos ETF.

Percebe-se que, além do aumento dos ETFs, têm-se também um aumento na quantidade de investidores, visto que para criar e manter uma carteira individual que seja rentável, é importante que o investidor esteja atento às mudanças do mercado financeiro.

Além disso, recomenda-se que o investidor realize constantemente o acompanhamento dos ativos. Como muitos investidores não possuem tempo para realizar o acompanhamento, o ETF acabou tornando-se uma das primeiras opções para investir.

Assim, dentre os principais ETFs do Brasil e do mundo, estão:

  • BOVV11;
  • BOVB11;
  • XBOV11;
  • BOVA11;
  • IVVB11;
  • SPXI11.

Portanto, como observado, existem variados tipos de ETFs negociados tanto no Brasil quanto no mundo.

Entretanto, apesar de a maioria dos ETFs possuírem uma metodologia de investimento parecida, eles têm características diversas. O gestor do fundo e o valor das taxas de administração, por exemplo, podem diferir.

Vantagens de um ETF

Dentre os principais benefícios oferecidos pelos ETFs, pode-se destacar a facilidade, diversificação, custos, internacionalização e retorno.

Dessa forma, geralmente, a renda variável oferece maiores retornos quando comparado a renda fixa, além de algumas vantagens, como as seguintes.

Diversificação

Uma das lições mais repetidas no mercado financeiro diz para o investidor não colocar todo o capital em apenas uma ação.

Isso porque, no caso de surgir algum problema com a empresa para a qual foram direcionados os aportes, o investidor não perder todo o capital.

Dessa forma, é importante que exista uma diversificação da carteira de investimentos, além de buscar ativos que tenham metodologias diferentes.

Ou seja, quando os investimentos são aportados em empresas de variados setores, se uma delas apresentar problema ou desvalorização, as demais podem garantir a proteção do patrimônio.

Portanto, diante dessa linha de pensamento os ETFs podem ser considerados, tornando a carteira de investimentos mais segura, devido ao quantitativo de ativos.

Facilidade

Alguns investidores enfrentam problemas no mercado financeiro na hora de investir, por diversas vezes ressaltando a complexidade ao investir.

Isso ocorre, principalmente, devido ao mercado exigir conhecimento para realizar o acompanhamento dos investimentos.

Dessa forma, os ETFs podem ser considerados uma forma de pessoas sem muita experiência poderem investir, visto que são ativos administrados por gestores que possuem experiência no mercado financeiro.

Retorno

Primeiramente, é importante observar que a rentabilidade oferecida pelos ETFs busca seguir como fundamento o mercado acionário.

Por isso, pode ser oferecido um ganho expressivo para o investidor, além da possibilidade de lucrar mais quando comparado a renda fixa.

Assim, os ETFs geralmente estão associados a um indexador que busca reunir as empresas mais seguras a integrarem a Bolsa de Valores.

Custos

Quando são realizados investimentos em ETFs, não é necessário lidar com a antecipação referente ao recolhimento do Imposto de Renda.

Por isso, quando surge um custo, geralmente, é referente a cobrança do tributo sobre os rendimentos, seguindo uma tabela regressiva, assim o negócio pode tornar-se menos lucrativo.

Dessa maneira, além de tais questões, é válido ressaltar que, ao investir em ações de maneira individual, deve-se lidar com todos os custos associados a administração de compra e venda das ações,o que não ocorre com os ETFs.

Internacionalização

Por meio dos ETFs é possível realizar investimentos em diversas empresas espalhadas pelo mundo.

Por isso, não seria necessário realizar o envio de recursos para o exterior, dado que é possível realizar a negociação desses ativos na própria B3.

Desvantagens de um ETF

Apesar de apresentar diversas vantagens, os ETFs possuem algumas desvantagens que são muito importantes de ressaltar.

Composição da carteira

Junto à oferta de maior segurança ao realizar investimentos em ações, os ETFs também trazem algumas limitações.

Devido a formação do fundo, que é referentes a índices, a composição da carteira de investimentos geralmente não é derivada de uma forma estratégica.

Ou seja, os ETFs não consideram fatores que normalmente são analisados por investidores mais experientes ao executar a gestão individual de ativos.

Liquidez

Os papéis dos ETFs possuem um grande potencial de serem comercializados com facilidade.

Contudo, como o mercado de ETFs em território nacional ainda é recente, a oferta de papéis ainda é pouca, quando comparada a outros ativos já ofertados.

Volatilidade dos ETFs

Apesar dos ETFs serem considerados uma boa opção para o investidor iniciante, quando comparados aos investimentos de renda fixa eles possuem a imprevisibilidade como desvantagem.

Devido a sua rentabilidade ser estabelecida através das variações das ações que estão presentes na carteira de investimentos, ela pode ser positiva ou negativa. Portanto, pode gerar riqueza ou prejuízo.

Custos e taxas do ETF

Quando fala-se sobre os custos que serão fundamentais ao realizar investimentos em ETFs é preciso que o investidor esteja atento a 5 taxas que poderá ter que pagar. São elas:

  1. Taxa de corretagem;
  2. Tributação do ETF;
  3. Taxa de custódia;
  4. Taxa de emolumentos;
  5. Taxa de administração.

Taxa de corretagem

Essa taxa é cobrada pelas corretoras de valores quando o investidor realiza uma operação que envolve fundos, podendo ser de compra ou venda.

Dessa forma, a taxa pode ser definida como um valor fixo, uma porcentagem acima do valor da transação, além de puder ser híbrida. Isto é, pode ser decorrente de uma parte fixa e uma parte como porcentagem.

Tributação do ETF

O ETF não oferece isenção de Imposto de Renda quando relacionado a venda de ativos abaixo de R$20 mil. Por isso, os fundos de índice possuem sempre uma alíquota de 15% sobre o lucro que pode vir a ser obtido.

Taxa de custódia

Possui como finalidade a cobertura de custos operacionais relacionados à segurança dos ativos.

Assim, pode ser cobrada tanto pelas corretoras de valores como, também, pela Bolsa.

Taxa de emolumentos

A cobrança dessa taxa é realizada pela B3 e pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

Dessa forma, os emolumentos são cobrados por operações realizadas.

Taxa de administração

A cobrança da taxa de administração irá depender da administradora do fundo e do ETF, geralmente, sendo cobrada de maneira anual.

Assim, habitualmente, o valor a ser cobrado é de 0,20% a 0,80% do valor referente ao investimento.

ETF x Fundo de Investimento

O investimento em ETFs têm sido recorrentemente escolhidos devido às cotas serem cobradas e vendidas de forma facilitada na Bolsa.

Diferindo dos fundos de investimentos mais tradicionais, os ETFs são totalmente abertos ao mercado financeiro, ou seja, o investidor obtém a possibilidade de entrar e sair do fundo quando desejar.

Já no caso dos fundos de investimento, é fundamental a aquisição de cotas de participação de forma direta com a gestora do fundo.

Além disso, nos investimentos com fundos mais tradicionais, o cotista precisará aguardar prazos para resgatar o capital.

Portanto, para efetuar a decisão de investimentos entre os ETFs ou Fundos de Investimento é importante que o investidor realize uma pesquisa para decidir qual seria a forma de investimento mais assertiva para o seu perfil de investidor.

Como investir em ETF?

O primeiro passo para investir em ETFs é criar uma conta em uma corretora de valores que seja credenciada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Através da corretora o investidor poderá comprar papéis por meio do home broker e, assim, realizar seu investimento.

Feito isso, é fundamental que o investidor avalie as opções de ETFs disponíveis no mercado antes de investir.

Dessa maneira, após a abertura de uma conta em uma corretora de valores e a seleção do ETF mais próximo ao perfil do investidor é o momento de investir, de fato, no papel.

Para isso, é necessário emitir uma ordem de compra com o ticker do ETF escolhido. Após realizar o investimento resta ao investidor esperar pelos retornos financeiros e pela formação de patrimônio.

Riscos de um ETF

Dentre os principais riscos do ETF, o principal é referente a maneira de não ser possível determinar a rentabilidade futura do ETF.

Por isso, o risco de realizar investimentos em ETFs de renda variável é associado à volatilidade do mercado, ou melhor dizendo, a variação dos preços das ações.

Ou seja, o controle dos riscos nos investimentos se dá pela possibilidade de manter a rentabilidade equilibrada, devido ao grande número de empresas que compõem o ETF.

Entretanto, ainda assim os investimentos em renda variável são imprevisíveis. Dessa maneira, recomenda-se ao investidor diversificar seus investimentos, buscando aportar em produtos diversos que ofereçam boas oportunidades de rentabilidade.

Vale a pena investir em ETF?

O cenário dos ETFs é extremamente amplo, por isso, é possível que existam duas situações: ETFs que sejam extremamente atraentes para o investidor oferecendo qualidade e outros ETFs que não fazem sentido para o investidor, de qualidade considerada ruim por eles.

Assim, é fundamental ressaltar que o investimento em ETFs por pessoas que não têm tempo para analisar recorrentemente o mercado pode ser uma opção a ser considerada.

Além disso, essa questão irá depender do perfil do investidor e seu objetivo. Isso porque é importante que algumas questões sejam analisadas por cada investidor, individualmente, para que entende se vale a pena investir em ETF, de acordo com o seu perfil.

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