Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) são os dois maiores bancos do país e estão entre as maiores companhias do Ibovespa. As similaridades entre as instituições financeiras fazem com que diversos investidores se questionem sobre qual é a melhor ação para ter na carteira.
Além de estarem entre os papéis mais negociados da bolsa brasileira, os dois bancos são conhecidos pela distribuição de dividendos elevados, de forma regular.
Ambas companhias também se destacaram nas últimas semanas ao reportarem resultados do segundo trimestre de 2024 acima do esperado pelo mercado. O Itaú anotou um lucro recorrente gerencial de R$ 10,07 bilhões entre abril e junho, indicando um avanço de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o Banco do Brasil registrou um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no 2T24, alta de 8,2% na comparação anual.
Afinal, em qual das duas instituições financeiras vale mais a pena investir? Para responder a essa pergunta, vamos comparar alguns indicadores com base em dados disponíveis na plataforma da Status Invest.
Dividendos: Itaú (ITUB4) ou Banco do Brasil (BBAS3)?
Nos últimos 12 meses, o dividend yield (DY) das ações do Banco do Brasil é superior aos papéis preferenciais do Itaú. Esse indicador mede a rentabilidade dos dividendos de uma empresa em relação ao preço de suas ações.
Com base no valor bruto dos proventos com “data com” entre 20 de agosto de 2024 e o mesmo período do ano anterior, BBAS3 possui um DY de 8,33%, enquanto o indicador fica em 6,37% para ITUB4.
Recentemente, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, declarou que a companhia muito possivelmente pagará dividendos extraordinários em um futuro breve. No entanto, segundo o executivo, a questão a ser discutida ainda é o valor desses proventos.
“A gente continua bastante positivo com esses dividendos extraordinários, sempre preservando o capital do banco para que ele esteja a serviço dos nossos clientes, do crescimento orgânico e inorgânico do banco”, disse ele.
Indicadores fundamentalistas
Com a Status Alpha, ferramenta de inteligência artificial da Status Invest, é possível analisar indicadores financeiros de empresas, além de ter acesso a uma nota de classificação e uma recomendação, que pode ser: “comprar”, “acima da média”, “estável”, “abaixo da média” e “vender”, em ordem de prioridade.
As ações do Banco do Brasil possuem uma recomendação estável, com uma nota de pontuação de fundamentos de 73, em uma escala crescente até 100 (onde o maior número representa um melhor desempenho). A análise foi publicada no dia 7 de agosto, após a divulgação do balanço de resultados do 2T24 da companhia.
O fluxo de caixa e o balanço patrimonial da instituição financeira estão entre os fundamentos com boa classificação. Por outro lado, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) foi classificada como regular.
Já o Itaú Unibanco possui uma recomendação acima da média, com uma pontuação de fundamentos de 80, conforme a avaliação publicada em 6 de agosto. Entre os fundamentos, o fluxo de caixa se destacou com uma classificação “muito boa”, enquanto a DRE foi considerada regular e o balanço patrimonial como negativo.
Recomendações dos especialistas
Ainda por meio da plataforma da Status Invest, é possível conferir o Módulo Forecast, que traz um levantamento de consenso e estimativas dos principais analistas do mercado global sobre determinados ativos, com base em dados da FactSet.
Para as ações do Itaú Unibanco, o consenso avaliou as opiniões de 13 analistas. Deste total, 11 especialistas recomendam “compra forte” para os papéis do banco, enquanto dois deles indicam “aguardar”. As outras avaliações possíveis, de “compra”, “venda” e “venda forte”, não aparecem no levantamento.
Em relação ao preço-alvo para as ações, as análises de 13 analistas para ITUB4, feitas até o dia 20 de agosto, apontam para R$ 40,51, um upside de 10,38% em relação à cotação atual.
Por outro lado, com base em 12 análises feitas até o dia 17 de julho, nove especialistas recomendam “compra forte” para as ações do Banco do Brasil, enquanto dois indicam “aguardar” e apenas um avalia como “venda forte”. As classificações “compra” e “venda” não apareceram entre as recomendações.
Além disso, com base nas análises de 12 analistas, feitas até o dia 12 de agosto, o preço-alvo para as ações da instituição financeira é de R$ 35,00, indicando um upside de 24,96% em relação à cotação atual dos papéis.
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