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Taxa Selic: entenda o que é e como funciona a taxa básica de juros brasileira

Taxa Selic: entenda o que é e como funciona a taxa básica de juros brasileira
taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) pisou no acelerador e subiu a taxa Selic em 0,50 ponto percentual na última quarta-feira (6), de 10,75% para 11,25% ao ano. Antes disso, em setembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica de juros de economia brasileira em 0,25 ponto porcentual.

Além do impacto na economia geral, a Selic influencia diretamente o mercado financeiro. Com a elevação dos juros, os investimentos de renda fixa podem se tornar mais atrativos, enquanto a bolsa de valores enfrenta desafios adicionais, afetando o desempenho de setores sensíveis aos juros altos e beneficiando alguns segmentos.

Entender o que é a taxa Selic e como ela opera pode ser fundamental para adaptar suas estratégias financeiras. A seguir, confira uma explicação completa do que é a taxa básica de juros.

O que é a taxa Selic?

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve como referência para outras taxas de juros no país. Ela é definida pelo Banco Central a cada 45 dias, durante as reuniões do Copom.

A sigla “Selic” refere-se ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sistema pelo qual o BC realiza operações que regulam o volume de dinheiro em circulação. Em resumo, a Selic é uma ferramenta de controle econômico usada para ajustar o nível de atividade e a inflação.

Quando a inflação ameaça sair do controle, o BC tende a aumentar a Selic para reduzir o consumo e a demanda. Esse movimento eleva o custo do crédito, tornando empréstimos e financiamentos mais caros, o que desacelera a economia e ajuda a conter a inflação.

Já em momentos de economia fraca e inflação baixa, o BC pode reduzir a Selic, incentivando o consumo e a produção. Assim, a Selic tem um papel central na política monetária, funcionando como uma alavanca para estabilizar a economia.

Por que a Selic é importante?

A Selic é importante porque influencia o custo de crédito e afeta diretamente o poder de compra das pessoas. Quando a taxa está alta, empréstimos e financiamentos ficam mais caros, o que desestimula o consumo e o endividamento das famílias.

Além disso, a Selic impacta a rentabilidade de investimentos atrelados a juros, como o Tesouro Direto e CDBs. Quanto mais alta a taxa, maior o retorno desses ativos, tornando-os atraentes para investidores conservadores em busca de segurança e retorno.

A taxa também afeta as decisões das empresas, que tendem a reduzir investimentos em expansão e contratação com os juros altos. Em contrapartida, uma Selic mais baixa incentiva as empresas a buscar crédito, estimular a produção e gerar novos empregos.

Por isso, a Selic é considerada uma “âncora” econômica, pois ajuda a controlar tanto a inflação quanto o ritmo da economia. Sua importância se reflete nas finanças de empresas, consumidores e investidores.

Como a Selic impacta os investimentos?

A Selic exerce grande influência nos investimentos, tanto na renda fixa quanto na renda variável. Em períodos de Selic alta, os investimentos em renda fixa, como o Tesouro Selic, se tornam mais atrativos. Isso ocorre porque esses ativos estão diretamente atrelados à taxa básica de juros, garantindo retornos maiores.

Investidores que priorizam segurança e retorno garantido tendem a migrar para a renda fixa em períodos de alta na Selic. Isso inclui títulos públicos e privados, como CDBs e LCIs, que passam a oferecer retornos superiores. Por outro lado, essa migração reduz o apetite por risco, o que impacta o mercado de ações.

Além disso, ao olhar para o Ibovespa, setores mais dependentes de crédito, como varejo e construção civil, costumam sofrer com o aumento da Selic. Como o custo de financiamento sobe, essas empresas enfrentam dificuldades, e o lucro tende a diminuir, refletindo em suas ações.

Por outro lado, setores como bancos e seguradoras podem se beneficiar, pois lucram com o aumento dos juros nos empréstimos e financiamentos. Dessa forma, é essencial monitorar esses impactos setoriais e ajustar a carteira conforme o cenário da Selic.

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