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Fee fixo ou comissão: qual o melhor modelo para assessoria de investimentos?

Fee fixo ou comissão: qual o melhor modelo para assessoria de investimentos?
Fee fixo. Foto: Pixabay

A busca por assessorias de investimento tem crescido nos últimos anos, acompanhando o aumento no número de pessoas físicas na bolsa de valores. Dentro deste contexto, é fundamental que os investidores entendam qual é o papel de um assessor de investimentos e se informem também sobre os diferentes modelos de remuneração, como comissionamento ou fee fixo, o que pode interferir diretamente no trabalho prestado por esses profissionais.

Conhecer esses pontos é essencial para que o investidor evite contratar um profissional que visa apenas o próprio interesse, priorizando produtos que garantam maiores comissões. Além disso, esses fatores são importantes para otimizar o nível de transparência e alinhamento de interesses entre ambas as partes.

Para que serve uma assessoria de investimentos?

Uma assessoria de investimentos tem o objetivo de auxiliar os investidores a tomar decisões mais estratégicas em relação à construção do portfólio de investimentos. O assessor é um profissional capacitado que conhece o mercado financeiro e identifica as melhores oportunidades para cada perfil de investidor, sempre levando em conta fatores como os objetivos financeiros, o horizonte de tempo e o cenário econômico.

Além de ajudar na escolha de produtos, como renda fixa, ações ou fundos, a assessoria também é fundamental para diversificar os ativos de forma eficiente e proteger o patrimônio contra oscilações do mercado. “Não tem como prometer uma rentabilidade, mas uma pessoa com assessor tende a ter uma performance melhor”, explica Mateus Apud, assessor de investimentos da Status Invest Assessoria.

Quanto custa contratar uma assessoria de investimentos?

Não há uma resposta exata para essa pergunta, visto que cada assessoria possui uma forma específica de precificar seus serviços. O modelo de remuneração pode ser um fator determinante neste aspecto. No Brasil, dois formatos principais são utilizados: o comissionado e o fee fixo.

No modelo comissionado, o assessor de investimentos é remunerado com base no tipo de produto que o investidor escolhe, recebendo uma comissão atrelada à taxa de distribuição desses ativos. Isso significa que a remuneração do assessor pode depender do produto vendido.

Para papéis de renda fixa, por exemplo, pode ocorrer a cobrança de um percentual da taxa de administração. Já para ativos de renda variável, a comissão pode estar atrelada a um percentual da corretagem paga pelo investidor para realizar as operações.

Já no modelo de fee fixo, o cliente paga uma taxa pré-definida pelo serviço, independentemente dos produtos adquiridos. Essa taxa geralmente é calculada com base no valor total investido e costuma variar entre 0,6% a 0,8% ao ano.

Fee fixo é uma opção melhor?

O fee fixo tem sido apresentado como uma boa opção para os investidores que buscam evitar conflitos de interesse. Isso porque a remuneração dos assessores não varia conforme o produto escolhido e já é pré-estabelecida no momento da contratação do serviço. De modo geral, ao adotar essa modalidade, o assessor tem maior liberdade para recomendar produtos que realmente atendam às necessidades e aos objetivos do cliente, sem ser influenciado por comissões de terceiros.

Essa transparência é reforçada pela Resolução CVM 179, que entrará em vigor em novembro deste ano. A nova regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que as assessorias divulguem de maneira clara sua forma de remuneração, permitindo que os investidores identifiquem potenciais conflitos de interesse e tomem decisões mais informadas.

A Status Invest Assessoria é um exemplo de empresa que já adota o fee fixo como forma de remuneração dos assessores. “Esse é um modelo mais transparente, sem um possível conflito de interesse e que faz sentido para a grande maioria dos nossos clientes”, ressalta Apud.

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