Apesar de encerrar o pregão desta sexta-feira em queda, o Ibovespa acumulou alta de 1,27% entre os dias 23 e 27 de setembro e atingiu a melhor semana entre as últimas cinco. Os últimos dias foram marcados por uma série de notícias tanto no radar corporativo, quanto macroeconômico, incluindo a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Além disso, os investidores repercutiram ainda dados de inflação e desemprego no Brasil. No cenário externo, os novos estímulos anunciados pelo governo chinês para a economia do país refletiram diretamente na cotação das commodities e também nos papéis de algumas das gigantes do Ibovespa, como a Vale (VALE3).
5 assuntos que movimentaram o Ibovespa na semana
IPCA-15 perde força
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) avançou 0,13%, após ter subido 0,19% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (25). O indicador é bastante importante para os investidores, visto que é considerado a prévia da inflação no Brasil.
O resultado veio abaixo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam alta de 0,18% a 0,33%, com mediana positiva de 0,28%. Além disso, a variação positiva foi a mais branda desde julho de 2023, quando o indicador havia recuado 0,07%. Ao analisar apenas os meses de setembro, o resultado foi o mais baixo desde 2022, quando houve queda de 0,37%.
Desemprego em queda
Além do IPCA-15, o mercado brasileiro também repercutiu os dados de mercado de trabalho. A taxa de desemprego ficou em 6,6% no trimestre encerrado em agosto, indicando uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023.
O resultado veio abaixo das estimativas dos analistas e representa o menor nível para o mês desde o início a série histórica, em 2012. Além disso, esse é também o menor patamar desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014, quando o indicador também ficou em 6,6%.
Ata do Copom
Além dos indicadores macroeconômicos, os investidores repercutiram ainda a divulgação da ata do Copom. No documento referente à última reunião, a autoridade monetária destacou que a incerteza global e os movimentos abruptos do câmbio são alguns dos fatores que demandam maior cautela na condução da política monetária no Brasil.
Além disso, o documento ressaltou ainda que a volatilidade da taxa de câmbio, além do ambiente externo desafiador, em meio a uma postura mais cautelosa do Federal Reserve (Fed) sobre a curva de juros, aumentam as dúvidas sobre o ritmo de desaceleração da economia global e a desinflação.
Com isso, o comitê ressaltou que o Banco Central brasileiro deve adotar uma política monetária mais cuidadosa.
Vale (VALE3) dispara com minério de ferro
Já no cenário externo, a China anunciou nesta semana uma série de medidas de estímulo econômico. A notícia trouxe um alívio ao mercado e refletiu especialmente na cotação do minério de ferro, visto que o país asiático é o maior mercado consumidor da commodity no planeta.
Com isso, a cotação do minério avançou mais de 4% na bolsa de Dalian, na China, após o anúncio das políticas de flexibilização monetária do governo chinês. Em paralelo, as ações das mineradoras e siderúrgicas brasileiras foram positivamente impactadas.
Apesar da queda no último pregão da semana, as ações da Vale (VALE3) acumularam uma forte variação positiva de 12,03% entre 23 e 27 de setembro.
Possível fusão de Cogna e Yduqs
Outra notícia que movimentou o mercado nesta semana é a possível fusão entre Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), negociação que já ocorreu no passado e não foi bem sucedida. De acordo com informações do jornal Valor Econômico, as companhias retomaram as discussões sobre o tema.
Em 2017, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetou a aquisição da Estácio pela Kroton, o que teria resultado na junção das duas maiores instituições privadas de ensino superior do Brasil. No entanto, atualmente a Estácio corresponde à Yduqs, enquanto a Kroton, à Cogna.
Depois da divulgação da notícia, a Cogna divulgou um comunicado e ressaltou que não possui informações sobre o assunto. “Não há informações a serem divulgadas ao mercado sobre qualquer transação envolvendo a companhia e as entidades mencionadas na notícia”, diz o texto.
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