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Destaques da semana: taxa Selic, IPCA e outros assuntos

Destaques da semana: taxa Selic, IPCA e outros assuntos
Ibovespa. Foto: Pixabay

A semana encerrada em 13 de dezembro foi bastante decepcionante para os investidores brasileiros. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, registrou uma variação negativa de 1,06% no acumulado da semana, que contou até mesmo com o pior pregão em dois anos – na quinta-feira (12), o indicador despencou 2,74%, pior desempenho desde 2 de janeiro de 2023.

Durante a semana, os investidores acompanharam atentamente a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom), que esteve no centro das discussões ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual. Além disso, dados de inflação e movimentações no exterior também ficaram no radar dos investidores.

A seguir, confira quais foram os principais destaques que movimentaram a bolsa brasileira na semana!

5 assuntos que movimentaram o Ibovespa na semana

Copom eleva taxa Selic

A principal notícia no radar dos investidores brasileiros nesta semana foi a decisão de política monetária do Banco Central. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou, na última quarta-feira (11), um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que agora está em 12,25% ao ano. Em comunicado, o Copom destacou o dinamismo dos indicadores econômicos internos e um cenário externo desafiador, além de sinalizar novas altas de igual magnitude nas próximas duas reuniões.

A decisão era amplamente esperada pelo mercado, embora houvesse divergências entre analistas, com parte apostando em uma alta de 0,75 ponto percentual e outra parte prevendo o aumento de 1 ponto.

IPCA fica acima do esperado

Ainda no cenário macroeconômico, os investidores repercutiram a divulgação de dados de inflação no Brasil, que refletiram nas ações das varejistas e de setores mais sensíveis ao avanço dos preços. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial da inflação no Brasil, avançou 0,39% em novembro, após alta de 0,56% em outubro, segundo o IBGE. O resultado superou as expectativas do mercado, que previa um aumento de 0,34% no período.

Com o desempenho, o IPCA acumula alta de 4,29% em 2024, próximo à meta de inflação de 4,50% para o ano. No acumulado de 12 meses, o índice registra avanço de 4,87%, acima do teto da meta.

Dólar renova máxima histórica

Após romper recordes na semana passada, o dólar comercial voltou a atingir um novo patamar histórico nesta semana. A moeda norte-americana encerrou as negociações da segunda-feira (9) em alta de 0,18%, negociada em R$ 6,082 na venda e R$ 6,081 na compra. Os fortes ganhos ocorreram mesmo em meio ao bom humor do mercado brasileiro – no dia, o Ibovespa avançou 1,01%, aos 127.212,73 pontos – enquanto os investidores já aguardavam o avanço dos juros pelo Copom.

China anuncia estímulos econômicos

O Politburo, principal órgão político da China liderado pelo presidente Xi Jinping, anunciou nesta segunda-feira o compromisso de adotar uma política fiscal “mais proativa” e uma postura monetária “moderadamente frouxa” para o próximo ano. O grupo também destacou planos para impulsionar o consumo, aumentar a eficiência dos investimentos e expandir a demanda doméstica de maneira abrangente.

O comunicado gerou reflexos positivos nos mercados, com alta na cotação do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, e valorização das ações de mineradoras e siderúrgicas brasileiras, como Vale (VALE3), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3), que se destacaram no início da semana.

Azul (AZUL4) avança com negociações

Já no cenário corporativo, um dos destaques da semana foi a Azul (AZUL4), que atualizou o mercado sobre as negociações com seus credores. A aérea anunciou a conclusão das negociações com detentores de títulos de dívida, passo importante que pode viabilizar o acesso a mais de R$ 3 bilhões em financiamento no início de 2025.

A companhia também informou que pretende lançar ofertas de permuta e solicitações de consentimento já na próxima semana. Essas ações estão vinculadas às notas de primeiro e segundo grau da empresa e são essenciais para a emissão de US$ 500 milhões em notas superprioritárias, previstas para meados de janeiro.

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