Com o déficit crescente da previdência social, muitos brasileiros estão buscando alternativas para garantir uma aposentadoria tranquila além do INSS. De acordo com o Balanço Geral da União, o déficit previdenciário em 2024 deve atingir 2,5% do PIB, o que corresponde a R$ 326,2 bilhões. Esse valor representa uma piora em relação à projeção de 2023, que estimava um rombo de 2,2%.
Além das preocupações com o déficit, muitos brasileiros temem ter que alterar o estilo de vida na aposentadoria. Um estudo da consultoria Mercer Gama revelou que 73% dos brasileiros reduzem seu padrão de vida ao se aposentar, pois os benefícios sociais não são suficientes para cobrir os custos do dia a dia. Nesse contexto, investir desde cedo se torna essencial para garantir uma aposentadoria mais confortável.
Como e quando planejar a aposentadoria?
O planejamento da aposentadoria deve começar o mais cedo possível. Quanto antes você inicia esse processo, maior será o tempo disponível para acumular patrimônio e construir uma base sólida para garantir sua renda futura. Embora nos primeiros anos de carreira seja comum priorizar outros objetivos, iniciar o hábito de poupar desde cedo traz grandes benefícios no longo prazo.
De acordo com André Kalim, planejador financeiro e sócio da Status Invest Assessoria, investir em educação e formação profissional é uma estratégia crucial nesse início. “No começo da carreira o importante é investir em uma boa formação profissional para ter uma renda maior e aumentar a capacidade de aporte mensal”, explica Kalim. Isso ajuda a aumentar o montante poupado ao longo dos anos, especialmente à medida que sua renda cresce.
Tales Barros, especialista em renda variável da Status Invest Assessoria, complementa: “O melhor dia para começar é ontem”. Segundo ele, pensar na aposentadoria desde cedo é fundamental, assim como manter disciplina para poupar e investir de forma constante. “É necessário conseguir abarcar tudo que você está buscando. Se você está buscando uma carteira que te dá um retorno alto em um tempo mais curto, esteja ciente que isso pode implicar em riscos adicionais”, acrescenta Barros.
Como utilizar previdência privada?
A previdência privada se apresenta como uma excelente opção para quem deseja complementar a renda na aposentadoria, além de depender exclusivamente do INSS. Entre as opções disponíveis estão o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que possuem particularidades tanto fiscais quanto sucessórias.
“O PGBL permite que o contribuinte deduza até 12% da sua renda tributável no Imposto de Renda, o que pode gerar economia fiscal significativa”, afirma Kalim. Esse modelo é indicado para aqueles que fazem a declaração completa do IR. Já o VGBL, mais indicado para quem opta pela declaração simplificada, é ideal para planejamento sucessório, pois o valor investido não entra em inventário e pode ser transferido diretamente para os beneficiários.
Como investir para a aposentadoria?
Uma das estratégias mais eficientes para garantir uma boa aposentadoria é investir em ativos que geram renda passiva, como fundos imobiliários e ações de empresas pagadoras de dividendos. Esses ativos fornecem um fluxo de renda que pode ser reinvestido ao longo dos anos, gerando retornos maiores no longo prazo.
“Se você deixar uma parcela focada em geração de renda passiva, seja por meio de fundos imobiliários ou de alguns ativos pagadores de dividendos, isso vai te fornecer naturalmente uma liquidez e uma oportunidade de reinvestir esse dividendo”, explica Barros. Segundo ele, ao reinvestir essa renda por dez, quinze ou até vinte anos, o resultado tende a ser significativamente maior do que simplesmente contar com o aluguel de um imóvel, que pode não acontecer em alguns meses.
Além dos proventos, diversificar o portfólio é essencial. Isso inclui alocar uma parte dos recursos em títulos de renda fixa, especialmente em períodos de alta dos juros. “A gente está em uma janela de oportunidade um tanto rara quando a gente se depara com os títulos públicos pagando IPCA+6%”, destaca o especialista em renda variável.
Tenha apoio profissional para estruturar sua aposentadoria
O planejamento de aposentadoria é um processo complexo e requer uma visão clara dos objetivos pessoais e financeiros. Contar com o auxílio de um assessor financeiro é fundamental para garantir que suas decisões estejam alinhadas com seu perfil e seus planos de longo prazo.
“O assessor de investimentos é capaz de fazer um diagnóstico do investidor, levantando seus objetivos e necessidades pessoais, profissionais e familiares”, explica Kalim. Com base nesse diagnóstico, o assessor pode criar uma carteira personalizada, respeitando o nível de tolerância ao risco e os objetivos de cada cliente.
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