Os principais índices de ações da bolsa americana encerraram a semana com ganhos, interrompendo uma sequência de até quatro semanas consecutivas de perdas. A recuperação, que ganhou força na reta final do pregão de sexta-feira (21), foi impulsionada principalmente pelas gigantes do setor de tecnologia.
O Nasdaq Composite avançou 0,5%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones registraram alta de 0,1% cada. Com isso, os três índices fecharam a semana no azul: alta de 1,2% para o Dow, 0,5% para o S&P 500 e 0,2% para o Nasdaq. Até então, tanto o Nasdaq quanto o S&P 500 acumulavam quatro semanas seguidas de queda, enquanto o Dow vinha de duas semanas negativas.
Resultados decepcionantes derrubam algumas ações
Apesar do avanço dos índices, algumas ações pontuais tiveram forte queda. A Nike (NKE) recuou 5,5% após a companhia alertar sobre impactos negativos em suas vendas, atribuídos ao plano de reestruturação e às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
A FedEx (FDX), por sua vez, caiu 6,4%, após divulgar resultados trimestrais abaixo do esperado e revisar para baixo suas projeções de lucro. Já a Micron (MU), mesmo com um relatório financeiro acima das expectativas, terminou o dia com queda de 8%, refletindo a volatilidade e a aversão ao risco que ainda predominam no setor de tecnologia.
Big Techs lideram recuperação do mercado
Na outra ponta, as ações das gigantes de tecnologia ajudaram a sustentar o otimismo do mercado na sexta-feira. A Tesla (TSLA) teve o melhor desempenho entre o grupo conhecido como “Magnificent Seven”, com valorização de 5,3% — embora acumule queda de 30% no último mês, pressionada pelas crescentes polêmicas envolvendo o CEO Elon Musk e sua atuação política.
Outros destaques positivos foram Apple (AAPL), que subiu 2%, Meta (META) com alta de 1,8%, e Microsoft (MSFT), que avançou 1,1%. Amazon (AMZN) e Alphabet (GOOG) também fecharam em alta, embora abaixo de 1%. A única exceção do grupo foi a Nvidia (NVDA), que recuou 0,7%.
Fed contribui para otimismo, mas incertezas permanecem
O movimento positivo foi impulsionado, em parte, pela decisão do Federal Reserve, que manteve os juros inalterados e apresentou uma leitura mais cautelosa sobre a economia. Apesar de reconhecer um crescimento ainda sólido, o banco central destacou um cenário mais incerto — o que gerou dúvidas sobre os efeitos econômicos das tarifas comerciais e freou o rali de quarta-feira, deixando o mercado instável na quinta.
