O petróleo registrou uma alta de 3% nesta segunda-feira (9/10), impulsionado pelas tensões crescentes no Oriente Médio. O Brent, referência global, superou a marca de US$ 80 por barril pela primeira vez desde agosto. O aumento no preço do petróleo reflete a preocupação dos investidores com a estabilidade da oferta na região, que é um dos principais polos de produção mundial.
O mercado está tensionado com a possibilidade de Israel atacar a indústria petrolífera iraniana, após um ataque com mísseis balísticos por parte de Teerã. Na semana passada, o West Texas Intermediate (WTI) subiu 9,09%, enquanto o Brent teve um aumento de 8,43%, os maiores ganhos semanais para ambos os benchmarks em meses.
Hoje, o WTI fechou a US$ 77,14 por barril, alta de 3,71%, enquanto o Brent, com contrato para dezembro, encerrou a US$ 80,93 por barril, com alta de 3,69%.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desencorajou Israel de atacar as instalações petrolíferas do Irã, após um aumento de cerca de 5% nos preços quando sugeriu que os EUA estavam discutindo essa possibilidade. Biden também se opõe a um ataque israelense às instalações nucleares do Irã, buscando evitar uma escalada no conflito.
A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza já dura um ano e se intensificou em múltiplas frentes no Oriente Médio, envolvendo também combates com o Hezbollah no Líbano e ataques contra militantes Houthi no Iêmen.
Embora o conflito ainda não tenha causado uma interrupção no fornecimento de petróleo, os analistas alertam que o risco está aumentando à medida que o conflito se prolonga.
