Após duas semanas marcadas por uma agenda agitada, com decisões de política monetária e importantes indicadores econômicos, o Ibovespa teve dias mais amenos entre 31 de setembro e 4 de outubro. O principal índice acionário da bolsa brasileira terminou a primeira semana do décimo mês do ano terminou com uma variação negativa de 0,71%.
Ao longo da semana, os olhares dos investidores brasileiros se voltaram para o exterior, com indicadores econômicos importantes nos Estados Unidos e também com o agravamento do conflito no Oriente Médio. No cenário interno, o mercado também repercutiu dados macroeconômicos, além de alguns destaques no cenário corporativo e da elevação da nota de crédito do Brasil.
5 assuntos que movimentaram o Ibovespa na semana
Moody’s eleva nota do Brasil
Um dos principais assuntos no radar dos investidores nesta semana foi a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Moody’s, passando de Ba2 para Ba1. Com isso, o País está somente um degrau abaixo do chamado grau de investimento, equivalente a um selo de bom pagador.
“A elevação reflete melhoras materiais no crédito, que esperamos que continuem, incluindo um crescimento mais robusto do que o anteriormente estimado e um histórico crescente de reformas fiscais e econômicas que emprestam resiliência ao perfil de crédito”, disse a Moody’s em comunicado.
Petróleo dispara com tensões no Oriente Médio
Os conflitos no Oriente Médio também estiveram no centro das discussões ao longo desta semana. Após o Irã disparar cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel, na última terça-feira (1), a cotação do barril de petróleo do tipo WTI disparou e encerrou em alta de 2,44%, enquanto o petróleo Brent avançou 2,59%.
A alta da cotação do petróleo refletiu diretamente nas ações das petrolíferas listadas na bolsa brasileira. No Ibovespa, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) encerraram as negociações de terça-feira em alta de 2,67% e acumularam uma variação positiva de 4,65% na semana. Além disso, no acumulado dos últimos cinco dias, PRIO (PRIO3) avançou 2,21%, enquanto Petroreconcavo (RECV3) subiu 2,34%.
Gol reporta prejuízo
Ainda no radar corporativo, os investidores repercutiram no início da semana a divulgação do relatório operacional mensal da Gol (GOLL4), apresentado ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos, conforme exigido durante seu processo de Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial no Brasil).
De acordo com o comunicado, a aérea registrou um prejuízo líquido de R$ 544 milhões em agosto, frente a R$ 221 milhões em julho. Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 91 milhões, ante R$ 415 milhões do mês anterior.
Déficit primário do governo
No cenário macroeconômico, o Governo Central, formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto, de acordo com informações divulgadas pelo Tesouro Nacional. O resultado veio em linha com as estimativas do consenso de mercado.
O número veio abaixo do saldo negativo de R$ 26,730 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Payroll surpreende nos EUA
Os investidores repercutiram ainda a divulgação de novos dados de mercado de trabalho dos Estados Unidos, por meio do payroll, o principal relatório do segmento no país. O país norte-americano criou 254 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em setembro, número que veio bem acima dos 140 mil projetados pelos analistas do consenso LSEG.
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