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Magazine Luiza (MGLU3) ou Casas Bahia (BHIA3): qual é a melhor varejista para investir?

Magazine Luiza (MGLU3) ou Casas Bahia (BHIA3): qual é a melhor varejista para investir?
MGLU3. Foto: Pixabay

Magazine Luiza (MGLU3) e Grupo Casas Bahia (BHIA3) são duas das principais varejistas do Brasil. Apesar de acumularem perdas de mais de 30% na bolsa de valores neste ano, ambas empresas seguem atraindo atenção dos investidores, especialmente após reportarem resultados acima das expectativas no segundo trimestre.

O Magazine Luiza apresentou um lucro líquido de R$ 37,4 milhões entre abril e junho, revertendo um prejuízo de R$ 198,8 milhões no mesmo período do ano anterior. Um cenário muito semelhante foi apresentado também pelo Grupo Casas Bahia: a varejista reportou um lucro líquido de R$ 37 milhões no 2T24, após registrar um resultado negativo de R$ 492 milhões no segundo trimestre de 2023.

Apesar dos resultados mais otimistas, o cenário de juros altos e as incertezas inflacionárias ainda são preocupações quando olhamos para o setor de varejo, mesmo se tratando de duas gigantes do segmento.

Afinal, em qual das duas companhias vale mais a pena investir? Para responder a essa pergunta, vamos comparar alguns indicadores com base em dados disponíveis na plataforma da Status Invest.

Dividendos: Magazine Luiza (MGLU3) ou Casas Bahia (BHIA3)?

Para quem está em busca de renda passiva, tanto as ações do Magazine Luiza quanto do Grupo Casas Bahia não são boas opções. MGLU3 não distribui dividendos aos seus acionistas desde o dia 6 de maio de 2022, quando pagou R$ 0,154 em juros sobre capital próprio (JCP).

Em fevereiro, em entrevista ao E-Investidor, o CFO da companhia, Roberto Belíssimo, declarou que o Magazine Luiza pode voltar a pagar proventos a partir de 2025, justamente por conta das perspectivas de lucro que a empresa poderia ter ao longo deste ano.

Isso ocorre porque os dividendos são justamente uma parte do lucro líquido da companhia. Ou seja, quanto maior o lucro, maiores são as possibilidades de dividendos atrativos, conforme determinado pelo estatuto de cada empresa e pela assembleia de acionistas. “Uma empresa sem lucro não paga dividendos”, ressalta Marcel Balieiro, assessor de investimentos da Status Invest.

Um cenário ainda mais desfavorável ocorre com Grupo Casas Bahia. Desde junho de 2018, a companhia não paga proventos aos seus acionistas. Na ocasião, o montante foi de R$ 0,011 por ação em forma de dividendos.

Em junho deste ano, a varejista teve seu pedido de recuperação extrajudicial homologado pela Justiça. O plano visa renegociar o pagamento de R$ 4,1 bilhões em dívidas, o que afasta ainda mais as perspectivas para o pagamento de dividendos no curto e médio prazo.

Indicadores fundamentalistas

Com a Status Alpha, ferramenta de inteligência artificial da Status Invest, é possível analisar indicadores financeiros de empresas, além de ter acesso a uma nota de classificação e uma recomendação, que pode ser: “comprar”, “acima da média”, “estável”, “abaixo da média” e “vender”, em ordem de prioridade.

As ações do Magazine Luiza possuem uma recomendação estável, com uma pontuação dos fundamentos de 73, em uma escala crescente até 100 (onde o maior número representa um melhor desempenho). A análise foi publicada no dia 9 de agosto, após a divulgação do balanço de resultados do 2T24 da companhia.

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) se destacou como um fundamento considerado muito bom pela plataforma. Por outro lado, o fluxo de caixa da varejista recebeu uma classificação regular, enquanto o balanço patrimonial foi apresentado como negativo.

Já o Grupo Casas Bahia também recebeu uma recomendação estável, mas com uma nota de fundamentos inferior em relação à concorrente, de 65. Além disso, DRE, fluxo de caixa e balanço patrimonial também foram classificados como regulares. As classificações foram geradas no dia 8 de agosto, também com base no balanço de resultados do segundo trimestre.

Recomendações dos especialistas

Ainda por meio da plataforma da Status Invest, é possível conferir o Módulo Forecast, que traz um levantamento de consenso e estimativas dos principais analistas do mercado global sobre determinados ativos, com base em dados da FactSet.

Para as ações do Magazine Luiza, a plataforma considerou as avaliações de dez analistas. Entre eles, dois recomendam “compra forte” dos papéis da varejista, enquanto sete aconselham “aguardar” e apenas um indica “venda forte”. As demais recomendações — venda e compra — não apareceram.

Em relação ao preço-alvo para MGLU3, o consenso de 10 analistas aponta para R$ 18,38, indicando um upside de 57,09% em relação à cotação atual dos ativos.

Já para Grupo Casas Bahia, as análises de nove especialistas apontam para cinco indicações de “aguardar”, uma de “venda” e três de “venda forte”. Compra e compra forte não aparecem na lista.

Além disso, a plataforma avaliou ainda as estimativas de oito analistas em relação ao preço-alvo para os papéis da empresa. As avaliações apontam para R$ 7,48, um upside de 18,28% ante o valor atual das ações.

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