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Destaques da semana: taxa Selic sobe, AgroGalaxy em RJ e outros assuntos

Destaques da semana: taxa Selic sobe, AgroGalaxy em RJ e outros assuntos
Ibovespa. Foto: Pixabay

Depois do rali das últimas semanas, o Ibovespa desacelerou e voltou aos 131 mil pontos, o menor patamar desde o início de agosto, com queda de 2,83% no acumulado da semana. Entre 16 e 20 de agosto, os investidores repercutiram as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além de importantes notícias no radar corporativo.

A elevação da taxa Selic e a redução de juros pelo Federal Reserve (Fed) foram, sem dúvidas, os destaques da semana e refletiram nas cotações de parte dos ativos do Ibovespa, especialmente dos setores mais sensíveis a curva de juros, como varejo e consumo. No entanto, outras notícias também movimentaram o mercado, incluindo a recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3).

A seguir, confira os principais destaques que movimentaram o Ibovespa ao longo desta semana!

Copom sobe taxa Selic

A decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) foi a notícia mais discutida pelo mercado nesta semana, e refletiu diretamente no Ibovespa. A autoridade monetária elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. No comunicado, o comitê citou um ambiente externo desafiador que suscita dúvidas sobre o ritmo da desinflação.

A decisão de alta dos juros já era prevista por parte do mercado e foi unânime no colegiado do Copom. “O cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”, diz o comitê.

Olhando para as próximas decisões, a autoridade monetária destacou ainda que os passos futuros “dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

Fed corta juros

Na contramão da elevação da taxa Selic no Brasil, o banco central norte-americano reduziu os juros e cumpriu com as expectativas do mercado. O Federal Reserve (Fed) fez um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.), levando os Fed Funds para um patamar entre 4,75% e 5%.

Esse foi o primeiro corte de juros nos Estados Unidos desde a pandemia, em meados de 2020. A decisão, no entanto, não foi unânime, visto que a diretora do Fed, Michelle Bowman, votou por um corte menor, de 0,25p.p.

AgroGalaxy pede recuperação judicial

A AgroGalaxy (AGXY3), uma das principais redes de varejo de insumos agrícolas do Brasil, apresentou na última quarta-feira (18) um pedido de recuperação judicial que revelou um passivo total de R$ 3,7 bilhões e US$ 160 milhões. O valor inclui obrigações com instituições financeiras, produtores rurais e fornecedores.

Entre os credores da companhia, estão Banco do Brasil, Santander e Citibank. Além disso, a companhia possui uma dívida de R$ 516,4 milhões com a Vert Companhia Securitizadora, responsável por estruturar Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) da AgroGalaxy.

A notícia movimentou o mercado e os papéis da companhia despencaram 21,92% no pregão de sexta-feira (20), a R$ 0,57. No acumulado da semana, as ações da empresa caíram 50%.

Petrobras com 1 milhão de acionistas

Um dos principais nomes do Ibovespa, a Petrobras (PETR4) chegou nesta semana a marca de 1 milhão de acionistas individuais na bolsa de valores, conforme informou a companhia na quarta-feira (18). De acordo com as informações publicadas pela empresa, o volume de acionistas da estatal saltou 170% nos últimos cinco anos.

“O aumento do número de acionistas se soma a uma série de boas notícias que a companhia vem obtendo no mercado e reflete a confiança dos investidores no potencial da companhia e na geração de valor de seus projetos e resultados”, disse a empresa em comunicado.

Azul despenca novamente

Novamente no radar dos investidores, as ações da Azul (AZUL4) iniciaram a semana em forte alta, após a companhia confirmar as negociações em andamento com arrendadores de aeronaves para o pagamento de dívidas. No entanto, os papéis da empresa recuaram mais de 6% no pregão da sexta-feira e acumularam queda de mais de 2% na semana.

Em meio às incertezas envolvendo as negociações e o futuro da companhia, a XP reduziu o preço-alvo das ações da aérea para apenas R$ 6,60, ante R$ 30 da projeção anterior, apesar de manter a recomendação neutra para os papéis. Além disso, o relatório divulgado pela casa destaca ainda que a empresa deve entregar resultados fracos nos próximos anos, incluindo a redução das receitas.

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