Status Invest Notícias
Como investir

Quais são as classes de fundos imobiliários?

classes de fundos imobiliários

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma modalidade de investimento voltada para o setor imobiliário, com potencial de gerar renda passiva e permitir diversificação de carteira. No entanto, compreender as classes de fundos imobiliários disponíveis é fundamental para escolher as opções mais alinhadas ao perfil e aos objetivos do investidor. 

 

Cada classe de FII apresenta características próprias, atuando em setores variados e com estratégias que impactam tanto o perfil de risco quanto o retorno do investimento. Neste artigo, conheça as principais categorias de FIIs, abordando suas características, vantagens e desvantagens, além de exemplos práticos que ajudarão na composição de uma carteira diversificada e inteligente.

Por que é importante conhecer as classes de FIIs?

Investir em FIIs é uma forma de acessar o mercado imobiliário sem a necessidade de adquirir um imóvel físico, sendo possível investir com menor capital e ter liquidez para compra e venda de cotas. 

Mas, para aproveitar os benefícios desse investimento, é importante entender que há diversas categorias de FIIs disponíveis, cada uma com um perfil de risco e estratégias de geração de renda específicas. Esse conhecimento permite que o investidor faça escolhas que equilibram o potencial de retorno com a sua tolerância ao risco.

Além disso, os diferentes tipos de fundos imobiliários permitem que o investidor se exponha a vários setores, como comercial, residencial e logístico, ampliando a diversificação. Por exemplo, uma carteira que inclui fundos de tijolo, fundos de papel e híbridos pode ajudar a distribuir o risco, equilibrando entre rendimentos regulares e proteção contra variações econômicas.

Quais são as principais classes de fundos imobiliários?

As classes de fundos imobiliários mais comuns incluem fundos de tijolo, fundos de papel, híbridos, fundos de desenvolvimento e fundos de fundos (FOFs). Cada um desses tipos investe em diferentes setores e adota estratégias específicas, impactando diretamente a forma de geração de renda e o perfil de risco para o investidor. A seguir, entenda melhor cada uma dessas categorias.

Fundos de tijolo

Os fundos de tijolo são uma das categorias mais conhecidas e tradicionais no universo dos FIIs. Eles investem diretamente em imóveis físicos e geram renda a partir dos aluguéis cobrados dos inquilinos. Esses imóveis podem ser de diversos tipos, como shopping centers, lajes corporativas, galpões logísticos, hospitais e agências bancárias. Por isso, essa classe de fundo imobiliário atrai investidores que buscam uma fonte de renda estável e constante.

Uma característica dos fundos de tijolo é que, além da renda proveniente dos aluguéis, eles também podem se valorizar ao longo do tempo com a apreciação dos imóveis em si, o que ocorre principalmente em regiões de alta demanda. 

Um exemplo seria um fundo focado em galpões logísticos, setor que tem crescido significativamente com o aumento das atividades de e-commerce. Esses imóveis, bem localizados em centros urbanos e próximos a grandes vias de transporte, tendem a manter uma alta taxa de ocupação.

Por outro lado, uma das desvantagens dos fundos de tijolo é a menor liquidez em comparação com fundos que investem em títulos. Além disso, em momentos de crise econômica, a vacância dos imóveis pode aumentar, reduzindo os rendimentos. Portanto, é importante analisar a localização e a qualidade dos imóveis que compõem o portfólio do fundo.

Fundos de papel

Os fundos de papel investem em ativos de crédito imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que são títulos de dívida ligados ao mercado imobiliário. Esses FIIs possuem características diferentes dos fundos de tijolo, pois não investem diretamente em imóveis, mas sim em direitos de crédito. 

O retorno é obtido pelo pagamento de juros sobre esses títulos, que muitas vezes são corrigidos pelo CDI, pelo IPCA ou outros índices de inflação, se tornando uma opção interessante para quem busca proteção contra a inflação.

Dessa forma, esses fundos são particularmente atraentes para investidores que querem proteger o poder de compra de sua renda, uma vez que seus rendimentos acompanham a inflação ou taxas de juros. Por exemplo, um fundo que invista em CRIs atrelados ao IPCA oferecerá um retorno ajustado pela inflação, além de uma taxa de juros adicional, proporcionando um ganho real mesmo em cenários inflacionários.

Contudo, é importante destacar que os fundos de papel também têm suas vulnerabilidades. Eles são mais sensíveis às variações nas taxas de juros do mercado. Se as taxas caem, o rendimento desses fundos tende a diminuir. Portanto, ao optar por fundos de papel, esteja atento ao cenário macroeconômico, que influencia diretamente os retornos.

Fundos híbridos

Os fundos híbridos são FIIs que combinam investimentos tanto em imóveis físicos quanto em títulos de crédito imobiliário, proporcionando uma diversificação interna. Essa classe oferece flexibilidade ao gestor, que pode aproveitar oportunidades de mercado em imóveis ou em títulos, dependendo do momento econômico. Dessa forma, o fundo pode se adaptar para gerar renda por meio de aluguéis ou de juros dos títulos, equilibrando o portfólio conforme necessário.

Esses fundos são ideais para quem busca diversificação sem precisar investir em múltiplos FIIs. Por exemplo, um fundo híbrido pode ter uma parte de seu capital alocada em lajes corporativas e outra em CRIs. Se o mercado imobiliário físico enfrenta uma desaceleração, o fundo ainda pode manter seus rendimentos através dos títulos, mitigando a volatilidade do portfólio.

A principal vantagem dos fundos híbridos é a sua flexibilidade, mas essa característica também representa um desafio, pois a análise desses fundos é mais complexa. Além disso, a diversificação interna, embora reduza o risco específico, também pode resultar em um retorno menos previsível, uma vez que depende de uma combinação de ativos diferentes.

Fundos de desenvolvimento

Os fundos de desenvolvimento focam em projetos de construção e desenvolvimento de imóveis. Eles não pretendem gerar renda constante, mas sim o lucro com a valorização e possível venda dos imóveis prontos ou o aumento de seu valor patrimonial ao longo do desenvolvimento. Por essa razão, são considerados fundos de risco mais elevado, já que o retorno depende do sucesso e da conclusão das obras, bem como do cenário econômico para vendas.

Assim, essa categoria de FIIs é mais adequada para investidores com perfil arrojado, que toleram uma maior volatilidade. Os fundos de desenvolvimento podem gerar retornos significativos, especialmente em períodos de expansão econômica, mas também estão sujeitos a riscos como atrasos em projetos, aumento dos custos de construção e eventuais quedas no valor de mercado.

Embora a alta exposição ao risco seja um ponto importante a ser considerado, os fundos de desenvolvimento podem trazer lucros expressivos quando bem geridos e em ambientes econômicos favoráveis. Portanto, a escolha desse tipo de fundo exige uma análise detalhada do histórico do gestor e dos projetos em andamento.

Fundos de Fundos 

Os fundos de fundos (FOFs) representam uma maneira prática de diversificação, por serem fundos que investem em cotas de outros FIIs. Dessa forma, quem aplica em um FOF obtém, automaticamente, exposição a diversos setores e estratégias com uma única aplicação. Esse tipo de fundo é interessante para investidores que desejam diversificar sua carteira, mas não têm tempo ou conhecimento para selecionar individualmente cada FII.

Por exemplo, o fundos de fundos pode investir em fundos de tijolo, fundos de papel e até mesmo em fundos de desenvolvimento, proporcionando um portfólio bem diversificado e gerido por profissionais. 

A principal vantagem dos FOFs é a comodidade e a gestão profissional, mas é importante lembrar que esses fundos possuem um custo adicional devido às taxas de administração. Além disso, as taxas dos FIIs adquiridos pelo FOF também são repassadas ao investidor, o que pode diminuir a rentabilidade líquida.

Como escolher as classes de FIIs para a sua carteira?

A escolha das classes de fundos imobiliários depende diretamente do perfil do investidor e de seus objetivos financeiros. Assim, para aqueles com perfil conservador, a segurança e previsibilidade dos fundos de papel podem ser mais atrativas, especialmente em tempos de alta inflação. 

Investidores moderados podem considerar uma combinação de fundos de tijolo e híbridos, visando equilibrar a geração de renda com algum potencial de valorização. Por outro lado, os investidores arrojados, que buscam altos rendimentos e aceitam um risco elevado, podem alocar parte do capital em fundos de desenvolvimento.

Além disso, a diversificação entre diferentes classes de FIIs ajuda a reduzir o impacto de eventuais oscilações no mercado. Nesse sentido, uma carteira bem equilibrada pode, por exemplo, conter fundos de tijolo para geração de renda estável, fundos de papel para proteção contra a inflação e fundos híbridos para garantir flexibilidade.

Exemplos de alocação para diferentes perfis de investidor

Conclusão

Em suma, conhecer as diferentes classes de fundos imobiliários é um passo importante para investir de maneira consciente e estratégica. Cada categoria possui características, vantagens e desvantagens que influenciam o potencial de retorno e a estabilidade dos rendimentos. Por isso, avaliar esses fatores e diversificar entre as classes de FIIs pode auxiliar o investidor a construir uma carteira alinhada aos seus objetivos financeiros de longo prazo.

Quer entender mais sobre estratégias e tipos de fundos imobiliários? Continue lendo e saiba como montar uma carteira de fundos imobiliários para garantir mais segurança e rentabilidade nos seus investimentos.

Sair da versão mobile