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Inflação em alta: o que significa e como impacta os investimentos?

inflação

inflação. Foto: Pixabay

A mediana do Boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do Brasil, subiu pela 15ª semana consecutiva. A projeção dos analistas do mercado saltou de 5,08% para 5,50% – exatamente 1 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.

No ano passado, a inflação já havia ficado acima da meta. O IPCA encerrou 2024 em 4,83%, enquanto a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) era de 3%, com margem de tolerância de 1,5%.

A inflação alta não é, no entanto, uma novidade no Brasil. O país já viveu diversos momentos de alta acelerada dos preços, incluindo períodos de hiperinflação – em 1993, a taxa foi de 2.477% ao ano.

A pressão inflacionária não afeta somente os preços dos produtos nas lojas ou nos supermercados. Este cenário reflete também nos investimentos, nas empresas e nos serviços. Por conta disso, é fundamental saber o que é a inflação e quais são os impactos para as finanças.

O que é a inflação?

A inflação é um indicador econômico que mede o aumento generalizado nos preços de bens e serviços. Esse fenômeno reflete diretamente no custo de vida e na redução do poder de compra da moeda. Quando os preços sobem, a mesma quantia de dinheiro compra menos produtos ou serviços.

Um exemplo cotidiano da inflação pode ser observado no supermercado. Produtos que custavam determinado valor há anos atrás, agora têm preços muito superiores. Esse efeito não se limita apenas aos itens do dia a dia, mas também afeta bens maiores, como automóveis, imóveis e mensalidades de educação.

Embora a inflação controlada seja natural e até saudável para a economia, quando ela ocorre de forma acelerada ou descontrolada, pode trazer graves consequências. Nesse cenário, o impacto é sentido não apenas pelos consumidores, mas também por empresas e investidores, que precisam ajustar suas estratégias.

Como a inflação impacta os investimentos?

A inflação altera significativamente o comportamento dos investimentos, especialmente no longo prazo. Quando o aumento dos preços supera os ganhos obtidos em aplicações financeiras, o poder de compra do investidor é reduzido, mesmo que o valor nominal do investimento cresça.

No setor de renda fixa, ativos como CDBs, LCIs, LCAs e até títulos públicos podem ver sua rentabilidade corroída pela alta dos preços. Isso significa que, mesmo em investimentos considerados seguros, os retornos precisam ser avaliados em termos reais, descontando a inflação.

Já na renda variável, empresas do setor de consumo discricionário, como varejo e turismo, sofrem com a diminuição do poder de compra da população. Com menos recursos disponíveis, os consumidores priorizam necessidades básicas, impactando negativamente as vendas e os lucros dessas companhias.

Como investir com IPCA em alta?

Investir em tempos de alta inflação exige atenção redobrada na escolha dos ativos. Em momentos como esse, os títulos atrelados ao IPCA, como o Tesouro IPCA+, ganham destaque. Eles oferecem uma rentabilidade que combina uma taxa fixa com a variação da inflação, garantindo proteção contra a perda de poder de compra.

Outra estratégia é optar por investimentos indexados ao CDI, como CDBs, LCIs e LCAs. Esses produtos acompanham as oscilações da taxa básica de juros, que geralmente sobe em resposta ao aumento da inflação.

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