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Destaques da semana: CEO da Vale, recorde do Ibovespa e outros assuntos

Ibovespa

Ibovespa. Foto: Pixabay

O Ibovespa encerrou o último pregão de agosto em baixa, apesar de ter acumulado uma variação positiva expressiva de mais de 6% no mês. Nesta semana, o indicador voltou a renovar máximas históricas, tanto de fechamento quanto intradiária, em meio a um noticiário recheado no mercado corporativo.

Entre 26 e 30 de agosto, os investidores acompanharam o fim da novela sobre a sucessão da liderança da Vale (VALE3). Além disso, o mercado repercutiu ainda diversas outras notícias, incluindo rumores sobre a Azul (AZUL4) e também dados econômicos nos Estados Unidos.

A seguir, confira os principais destaques que movimentaram o Ibovespa ao longo desta semana!

Novo CEO da Vale é anunciado

Começando a semana de forma movimentada, a Vale anunciou Gustavo Pimenta como sucessor de Eduardo Bartolomeo no cargo de CEO da empresa. Segundo a companhia, o executivo foi eleito de forma unânime pelo conselho de administração, após um “rigoroso processo de seleção conduzido por uma empresa de padrão internacional”.

Atualmente vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores, Pimenta assumirá o cargo em 1° de janeiro de 2025, sucedendo Eduardo Bartolomeo, cujo mandato como CEO da Vale termina em 31 de dezembro deste ano.

A notícia foi bem recebida pelo mercado. Isso porque as ações da mineradora dispararam mais de 3% no Ibovespa no dia seguinte ao anúncio. Além de pôr fim a uma novela que durava meses, a decisão acalmou os ânimos do mercado em relação a uma possível “interferência política” na escolha do novo presidente da companhia.

Além disso, como Pimenta é um executivo que já estava na companhia, a expectativa é de que a estratégia e as diretrizes da atual gestão sejam mantidas.

Agrupamento das ações da Americanas

Aprovado em maio deste ano, o agrupamento das ações da Americanas (AMER3) finalmente ocorreu nesta semana. Com isso, na terça-feira (27), os papéis da companhia passaram a ser negociados na proporção de 100 para 1. Ou seja: 100 ações se juntaram para formar um único papel.

Após o agrupamento, os papéis da varejista dispararam mais de 40% e encerraram as negociações da terça-feira na casa dos R$ 7 — no dia anterior, antes do agrupamento, as ações encerraram o pregão em R$ 0,05.

O intuito da operação é aumentar o valor de negociação dos papéis, visto que os ativos estavam sendo negociados a preços excessivamente baixos, o que pode distorcer as variações percentuais e evitar oscilações abruptas.

É importante ressaltar, no entanto, que o agrupamento não altera o valor financeiro das ações que os investidores possuem e também não impacta o capital social da empresa. Essa é apenas uma medida sugerida pela bolsa de valores para facilitar as negociações.

Azul despenca mais de 20%

As ações da Azul (AZUL4) também movimentaram o Ibovespa nesta semana. Os papéis da companhia derreteram mais de 20% na última quinta-feira (29) e acumularam uma variação negativa de quase 30% na semana. A forte variação negativa ocorreu em meio à repercussão de uma notícia sobre a renegociação de dívidas da companhia.

Isso porque uma matéria publicada pela Bloomberg, citando fontes anônimas a par do tema, informou que a aérea está avaliando possibilidades que vão de uma oferta de ações ou até mesmo uma recuperação judicial nos Estados Unidos – procedimento conhecido como Chapter 11, o mesmo no qual a GOL (GOLL4) se encontra – para lidar com suas dívidas elevadas, que vencem no curto prazo.

No relatório de resultados do segundo trimestre de 2024, a companhia aérea reportou uma dívida bruta de R$ 28,1 bilhões, que indica uma alta de 15% ante os R$ 24,3 bilhões reportados no trimestre anterior. De acordo com a companhia aérea, a desvalorização do real ante o dólar contribuiu diretamente para o cenário, visto que a empresa possui dívidas em dólar.

Balanço da Nvidia decepciona

O balanço de resultados do segundo trimestre fiscal de 2025 da Nvidia, gigante de tecnologia norte-americana, também movimentou o mercado nesta semana. A companhia reportou um lucro líquido de US$ 16,6 bilhões no trimestre encerrado em julho, indicando uma alta de 168% frente ao mesmo período do ano anterior.

Já a receita total foi de US$ 30,04 bilhões, com uma alta de 122% em relação ao mesmo período do ano passado. O número veio ainda acima das expectativas dos analistas, que apontavam para US$ 28,857 bilhões.

Apesar dos números positivos, os investidores pareceram pouco animados com os resultados reportados pela gigante norte-americana. Isso porque as ações da Nvidia chegaram a despencar 7% após a divulgação do balanço.

Em um relatório divulgado pelo Itaú BBA, a casa destaca que as expectativas elevadas do mercado fizeram com que o trimestre “neutro” da companhia parecesse ruim. Além disso, apesar das receitas acima das projeções, a análise do BBA destaca que “todo o resto ficou um pouco abaixo das previsões”.

Dados positivos nos Estados Unidos

Além do radar corporativo, os olhares dos investidores se voltaram também para os dados econômicos dos Estados Unidos nesta semana, que ajudaram a acalmar o mercado em relação aos temores de recessão no país.

Na quinta-feira (29), a nova leitura do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre de 2024 veio acima do esperado. Conforme divulgado pelo Departamento do Comércio estadunidense, a economia norte-americana avançou 3% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando as projeções de 2,8% do consenso LSEG de analistas.

Além disso, na sexta-feira (30), os investidores repercutiram ainda os dados de inflação nos EUA. O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,2% em julho ante junho, após ter avançado 0,2% no mês anterior. O número veio em linha com as projeções dos analistas do consenso LSEG.

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