A última semana de outubro, que também marcou o início de novembro, foi bastante agitada para o Ibovespa. O principal índice acionário da bolsa brasileira recuou 1,36% e retornou ao patamar dos 128 mil pontos, em meio ao avanço da temporada de balanços de resultados do terceiro trimestre de 2024.
Nesta semana, os grandes bancos foram os destaques da lista de resultados, com Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11). Além disso, os investidores repercutiram dados econômicos dos Estados Unidos, à medida que as eleições no país norte-americano se aproximam.
5 assuntos que movimentaram o Ibovespa na semana
Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) não empolgam
Santander e Bradesco foram os primeiros grandes bancos brasileiros do Ibovespa a divulgarem seus resultados do terceiro trimestre. No entanto, os números não empolgaram os investidores e as ações das instituições financeiras registraram perdas acumuladas na semana de 6,78% e 6,25%, respectivamente.
O Bradesco reportou um lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que indica uma alta de 13,1% na base anual e de 10,8% frente ao trimestre anterior. No entanto, conforme um relatório divulgado pelo BB-BI, o banco apresentou melhora sequencial, mas “com pouca empolgação”. Segundo os analistas, a margem financeira veio menor do que o esperado e as despesas do banco cresceram no período.
Já o Santander registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,664 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma alta de 34,3% no comparativo anual. Para os analistas, o número veio em linha com as expectativas, sem grandes surpresas.
Vale (VALE3) firma acordo por usina
No início desta semana, a Vale (VALE3) e a chinesa Jinnan Iron & Steel Group divulgaram uma parceira para estabelecer uma unidade de concentração de minério de ferro no Porto e Zona Livre de Sohar, em Omã. O investimento inicial ultrapassará US$ 600 milhões, e a unidade terá como objetivo fornecer minério de ferro de alta qualidade para a fabricação de pelotas e briquetes na região.
Dólar atinge segundo maior patamar histórico
O dólar comercial encerrou a sexta-feira em alta de 1,53% diante do real, cotado em R$ 5,86 na compra e R$ 5,87 na venda. Esse é o nível mais elevado da moeda americana desde 2021, marcando o segundo maior valor nominal da história, atrás apenas dos R$ 5,90 registrados em maio de 2020. A forte variação positiva da moeda norte-americana ocorre enquanto os investidores aguardam as eleições nos Estados Unidos e também analisam o cenário fiscal brasileiro.
Payroll decepciona
Já no exterior, os investidores repercutiram dados do mercado de trabalho norte-americano. Os Estados Unidos geraram apenas 12 mil novos empregos fora do setor agrícola em outubro, um número muito inferior ao que os analistas esperavam, conforme apontam os dados do principal relatório de empregos do país, conhecido como payroll, divulgados nesta sexta-feira (1) pelo Departamento do Trabalho. A previsão da pesquisa da Reuters era de que a economia americana criasse 113 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado.
Resolução CVM 179 entre em vigor
Nesta sexta-feira (1), entrou em vigor a Resolução CVM 179, conhecida como “resolução da transparência”. Essa nova norma visa obrigar os intermediários do mercado de valores mobiliários a divulgarem suas remunerações e possíveis conflitos de interesse de maneira clara e transparente para os clientes. As informações devem ser apresentadas de forma acessível, assegurando que os investidores entendam claramente os custos envolvidos.
Em meio a esse contexto, existe ainda o fee fixo, uma forma de remuneração que visa mitigar totalmente os conflitos de interesse. Nesse modelo, já utilizado na Status Invest Assessoria, o cliente paga uma taxa fixa ao assessor, sem comissões adicionais por recomendações de produtos.
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