A semana encerrada em 23 de agosto ficará na história do Ibovespa. Foram três máximas históricas seguidas, que fizeram com que o indicador chegasse ao patamar máximo de fechamento de 136.463,65 pontos. Além dos ganhos expressivos do principal índice acionário do País, o mercado também repercutiu diversas notícias ao longo desta semana, incluindo assuntos relacionados à gigantes da bolsa e ao cenário externo.
A seguir, confira os cinco assuntos que movimentaram o mercado brasileiro ao longo desta semana:
Ibovespa atinge máxima histórica
O principal assunto no radar dos investidores brasileiros nesta semana foi o recorde histórico do Ibovespa, renovado por três pregões consecutivos. Na quarta-feira (21), o indicador emendou o terceiro avanço e chegou ao maior patamar de sua história. Na semana, o indicador acumulou uma variação positiva de 1,24%, chegando à terceira semana consecutiva de ganhos.
O bom momento da bolsa brasileira ocorre após o período negativo do indicador nos sete primeiros meses de 2024. Até o fechamento do pregão do dia 31 de julho, o índice acionário acumulava uma variação negativa de 4,87% no ano.
As fortes altas dos últimos dias foram impulsionadas pelo setor de bancos e instituições financeiras, em meio ao otimismo do mercado com as ações dessas empresas, que majoritariamente reportaram resultados robustos durante a temporada de balanços do segundo trimestre de 2024. Além disso, o bom humor do mercado externo, com perspectivas para um novo corte de juros nos Estados Unidos, também têm refletido no Ibovespa.
Fed sinaliza corte de juros
A política monetária dos Estados Unidos também foi um destaque desta semana. Na quarta-feira (21), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed). O documento sinalizou para um possível novo corte de juros já em setembro.
Conforme a ata do Fomc, a “vasta maioria” dos membros do Fed diz que provavelmente será apropriado cortar a taxa básica de juros na próxima reunião, em setembro. Isso, caso os dados econômicos continuem vindo dentro do esperado.
Além disso, o presidente do Fed, Jerome Powell, fez um discurso nesta sexta-feira (23) durante o Simpósio de Jackson Hole. Na declaração, Powell disse que chegou a hora de “ajustar a política monetária” e ressaltou que os dados de inflação estão se comportando melhor, o que reforça as perspectivas de um novo corte de juros.
Vibra compra Comerc
Já no cenário corporativo, os investidores repercutiram nesta semana a compra de 50% das ações da Comerc pela Vibra (VBBR3), anunciada na noite desta quarta-feira (21). Com o movimento, a Vibra, que já detinha 50% de participação na companhia, agora será responsável pelo controle total da empresa.
De acordo com o fato relevante divulgado pela empresa, a Comerc foi avaliada em R$ 7,05 bilhões na data-base de 1 de julho, com 2,1 gigawatts (GW) em operação. Ainda no documento, a Vibra informou que a controlada deve se consolidar como “uma de suas principais avenidas de crescimento”.
Após o anúncio, VBBR3 iniciou as negociações da quinta-feira (22) em baixa de mais de 3%. Na semana, os papéis da companhia registraram uma variação negativa acumulada de 2,45%, a R$ 25,45.
Banco do Brasil atualiza dividendos
Na quarta-feira (31), o Banco do Brasil (BBAS3) atualizou os valores de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao segundo trimestre deste ano.
A atualização do valor dos proventos da instituição financeira ocorre de acordo com a taxa Selic, a taxa básica de juros. Com isso, o valor por dividendos passou de R$ 0,15186078881 para R$ 0,15414348799. Já os JCP subiram de R$ 0,31448148860 para R$ 0,31920862483.
No dia 07 de agosto, o Banco do Brasil aprovou R$ 2,6 bilhões em proventos, sendo R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio.
Magazine Luiza e Casas Bahia disparam
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) e da Casas Bahia (BHIA3) chamaram atenção do mercado no início desta semana, após subirem mais de 10% na segunda-feira (19).
Um dos motivos para a disparada dos papéis pode ser a carta da gestora Squadra, que informou aos seus cotistas que encerrou a posição vendida no setor de varejo, o que incluía os ativos das duas empresas. No documento, a gestora destaca que, no último ano, as posições short (vendidas) em Magalu e Casas Bahia representaram as maiores contribuições para a estratégia, uma vez que os papéis caíram 64% e 90%, respectivamente.
No acumulado da semana, as duas varejistas registraram variações positivas expressivas: 6,99% para MGLU3 e 25,44% para BHIA3, que está fora do Ibovespa. O rali dos papéis de varejo ocorre, no entanto, em meio a um ano marcado por baixas expressivas para as ações do segmento. Em meio a este cenário, os investidores seguem observando com cautela o desempenho do setor.
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