A semana encerrada em 20 de dezembro foi bastante negativa para o Ibovespa. O principal índice acionário acumulou uma variação negativa de mais de 2% na semana, após registrar a maior queda diária desde novembro de 2022 – na quarta-feira (18), o indicador despencou 3,15%, aos 120.772 pontos.
O principal assunto no radar dos investidores globais nesta semana foi a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, que movimentou o Ibovespa. Além disso, o mercado brasileiro repercutiu ainda a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).
A seguir, confira quais foram os principais destaques que movimentaram a bolsa brasileira na semana!
5 assuntos que movimentaram o Ibovespa na semana
Fed corta juros
O principal destaque da semana ocorreu na quarta-feira (18), quando o Federal Reserve anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, indicando que os cortes futuros serão mais moderados. A decisão reflete uma combinação de fatores, como a estabilidade da taxa de desemprego e a tímida melhora recente nos índices de inflação.
De acordo com as projeções das autoridades do Fed, apenas mais duas reduções de 0,25 ponto percentual estão previstas até o final de 2025, demonstrando uma abordagem cautelosa em relação aos custos dos empréstimos
Ata do Copom
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi divulgada nesta terça-feira (17). O texto destacou que a recente alta do câmbio e a inflação corrente foram decisivas para o Banco Central (BC) elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 12,25% ao ano. A medida reflete a preocupação com o controle dos preços em um cenário econômico desafiador.
O documento reforça que a extensão do ciclo de alta nos juros dependerá do compromisso do BC em alinhar a inflação à meta. Para isso, serão considerados fatores como projeções de preços, o ambiente econômico e o balanço de riscos.
Dólar renova máxima histórica
O dólar comercial fechou a quarta-feira (18) em alta de 2,8%, cotado a R$ 6,2672, renovando seu recorde histórico. Essa foi a maior variação diária desde 10 de novembro de 2022, refletindo um dia de forte aversão ao risco nos mercados globais.
A valorização ocorreu após a decisão de política monetária do Federal Reserve, que impactou negativamente os mercados internacionais, intensificando o movimento de alta da moeda americana.
Automob estreia na bolsa
Na última segunda-feira (16), a Automob (AMOB3), nova integrante do grupo Simpar (SIMH3), estreia na B3, tornando-se a primeira concessionária listada na bolsa brasileira. A empresa é resultado de uma reorganização societária do grupo, que controla marcas como JSL (JSLG3), Movida (MOVI3) e Vamos (VAMO3).
A reestruturação, anunciada em setembro, separou as operações de locação da Vamos, transferindo suas atividades de concessionárias e varejo automotivo para a Automob. A mudança visa otimizar a atuação do grupo, destacando a Automob como uma nova referência no mercado de capitais.
Dividendos da Eletrobras
Nesta semana, o Itaú BBA divulgou um relatório sobre a Eletrobras (ELET3) e revisou o preço-alvo das ações da companhia, reduzindo-o de R$ 59,60 para R$ 54,90, mas manteve a recomendação de outperform (compra). O banco ressaltou o atrativo potencial de pagamento de dividendos como um dos principais pontos positivos.
Segundo o Itaú BBA, a nova estimativa reflete um cenário macroeconômico mais desafiador, com aumento no custo de capital próprio de 8% para 9%. Além disso, a projeção foi ajustada considerando mudanças no valor atribuído à Eletronuclear, créditos fiscais e na abordagem sobre os pagamentos de Juros sobre Capital Próprio (JCP).
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