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Alta do dólar: como impacta os seus investimentos?

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dólar. Foto: Pixabay

O dólar comercial acumula uma valorização superior a 19% em 2024, com base na cotação de fechamento da última quinta-feira (14). Nas últimas semanas, a moeda norte-americana atingiu níveis próximos aos registrados durante a pandemia, em 2020, o que trouxe preocupações ao mercado financeiro.

A alta do dólar impacta diretamente diversos setores da economia e reflete nos investimentos. Enquanto algumas empresas e setores se beneficiam dessa valorização, outros enfrentam desafios significativos, sobretudo aqueles dependentes de importações ou com custos dolarizados.

Quer entender melhor como a alta do dólar pode afetar seus investimentos e quais estratégias podem proteger seu portfólio? Continue lendo para explorar os motivos por trás dessa disparada e os impactos no mercado.

Por que o dólar está subindo?

Um dos principais fatores para a alta do dólar é o cenário eleitoral nos Estados Unidos. A incerteza em torno das eleições presidenciais estimula investidores a buscar segurança em ativos dolarizados, fortalecendo a moeda frente ao real e outras divisas.

Outro ponto relevante são as políticas monetárias. Apesar da alta da Selic atrair investidores estrangeiros para o Brasil, o mercado segue atento aos desdobramentos da política monetária norte-americana. Nos Estados Unidos, embora o Federal Reserve tenha promovido cortes recentes, os juros futuros dispararam após a vitória de Donald Trump, refletindo uma expectativa de política monetária mais agressiva nos próximos anos.

Além disso, o cenário fiscal brasileiro, marcado por incertezas sobre o controle dos gastos públicos, pressiona ainda mais a cotação. A falta de medidas para ajustar o orçamento e aumentar a credibilidade econômica desestimula investidores, enfraquecendo o real.

Quais setores são beneficiados pela alta do dólar?

Setores ligados às commodities, ao agronegócio e aos frigoríficos são os grandes beneficiados pela valorização do dólar. Essas empresas possuem receitas expressivas no exterior, que são impulsionadas pela alta da moeda norte-americana, aumentando suas margens de lucro.

No caso das commodities, empresas como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) se destacam, já que seus produtos, como minério de ferro e petróleo, são cotados em dólar. Com a alta da moeda, a receita dessas companhias cresce, mesmo sem mudanças significativas na produção ou nos preços em reais.

No agronegócio, companhias como São Martinho (SMTO3) e SLC Agrícola (SLCE3) ganham competitividade no mercado internacional. Como exportam boa parte de sua produção, a valorização do dólar eleva os ganhos em reais.

Já os frigoríficos, representados por empresas como JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3), também se beneficiam, pois grande parte de suas receitas vem das exportações. Esse cenário permite maior rentabilidade, especialmente em períodos de alta demanda externa por carne brasileira.

Quais setores são prejudicados?

Por outro lado, setores que dependem de custos dolarizados, mas têm receita em reais, enfrentam dificuldades. O varejo, por exemplo, sofre com o aumento dos custos de importação, o que pressiona as margens de lucro e pode gerar repasses ao consumidor.

As companhias aéreas, como Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), também são impactadas. Combustíveis, peças e manutenção, além do financiamento de aeronaves, são despesas atreladas ao dólar. A alta da moeda torna essas operações mais caras, dificultando a rentabilidade.

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